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Exame: Startup captou R$ 7 milhões para recrutar em boas universidades

A rodada foi liderada pela gestora brasileira Maya Capital e pelos fundos americanos Reach Capital e Graphene Ventures

José André Nunes, 22, Alexandre Bernat, 25, e Gabriel Albuquerque, 23, são os três jovens empreendedores por trás da Start Carreiras, startup que acaba de captar 7 milhões de reais em rodada seed. Os três acabaram de sair do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), local em que se dividiram entre os cursos de engenharia aeronáutica e computação.

A startup paulistana procura facilitar a relação entre universitários, faculdade e o ambiente de trabalho na ofertas de vagas para estágios e trainees. A inspiração para o negócio nasceu dentro da própria instituição, com os três se engajando em projetos relacionados à empregabilidade na universidade. 

Além disso, eles acumularam experiências ruins em plataformas diversas. “Quando eu fui procurar o meu primeiro estágio, eu me candidatei a 50 vagas e reprovei em 49. As plataformas não tinham filtro, eu ficava perdido respondendo a infinitos formulários”, afirma Nunes, cofundador e CEO.

Como funciona a Start Carreiras

Nascida no ano passado, a startup quer usar a tecnologia para integrar a jornada unindo os três públicos em poucos cliques. O serviço é gratuito tanto para os estudantes quanto para as universidades, que usam a plataforma da startup num modelo white label.

A remuneração do negócio provém das empresas, com a contratação da Start para a divulgação de vagas e programas de estágios e trainee.

Ambev, Stone e Sanii estão entre os 30 clientes que usam os serviços da startup, atualmente com uma base de 60.000 alunos de universidades como USP, ITA, Insper, UFMG e FGV. A empresa ainda tem 100 clientes na base degustação, modelo tradicional entre as empresas de tecnologia para captar leads. 

Os diferenciais do modelo, segundo o CEO, estão em oferecer vagas personalizadas e candidaturas com poucos cliques, a partir de recomendações de algoritmos. Para as empresas, a startup está investindo em soluções que usem Inteligência Artificial para preencher os documentos e economizar o tempo dos RH.

Uma inspiração para o negócio vem da americana HandShake, startup criada na Califórnia, em 2013, com um apelo semelhante: oportunidade de emprego para universitários e recém-formados. Em 2022, após uma rodada série F de US$ 200 milhões, o unicórnio atingiu uma avaliação de US$ 3,5 bilhões. 

Como a empresa pretende usar os recursos

A rodada de R$ 7 milhões foi liderada pela Maya Capital, fundo de early stage brasileiro. A startup atraiu ainda duas gestoras americanas, a Reach Capital,  dedicada à educação e empregabilidade, e a Graphene Ventures, com foco em software e consumo, além de investidores-anjo. 

Com a entrada dos novos recursos, negociados ao longo de 2 meses, os sócios querem imprimir um novo ritmo ao negócio, com crescimento de 30% mês a mês. “Quero que 30% seja pouco no ano que vem”, diz Nunes.

Os valores serão direcionados a três finalidades, essencialmente:

  • Automação dos produtos, para atrair mais alunos e universidades
  • Comercial, buscando uma aproximação maior com potenciais clientes
  • Conteúdo: com a produção de materiais que melhorem as experiências entre alunos e empresas em entrevistas e dinâmicas

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Por Marcos Bonfim

Publicado originalmente em: bit.ly/3REFEgE

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