Com toques de economia circular e sustentabilidade, Arena Baby é alternativa de varejo popular com peças 80% mais baratas. Meta são 100 unidades
Se há demanda para brechós de marcas chiques, por qual razão alguém não transformaria o conceito original e batido da loja de roupas usadas a preços camaradas em uma rede franqueadora? Ainda mais se direcionado para a moda infantil, um segmento do vestiário dispendioso para os consumidores, dada a rapidez com que os pequenos crescem, perdendo peças praticamente novas. Olhando pelo lado oposto, produtos para colocar nos cabides não faltariam. Seria só uma questão de organizar o negócio, atraindo a confiança dos consumidores, que atuam tanto como compradores quanto fornecedores.
Foi isso que fizeram os irmãos Giovanna Domiciano e Flávio Thenório, que criaram a Arena Baby inspirados nas garage sales, tradição dos Estados Unidos, na qual moradores selecionam produtos quase novos ou nunca usados para vendê-los na porta de suas garagens a um valor bem abaixo do mercado. A ideia era interessante, mas o modelo de Giavanna e Flávio ficou melhor amarrado com conceitos de consumo consciente específicos da marca.
O principal é o preço, claro. As roupas costumam ser 80% mais baratas que nas lojas convencionais. Para não desapontar o consumidor, as peças são oferecidas classificadas de acordo com preços condizentes com seus graus de conservação: novas de fábrica, quase novas e nunca usadas. Tudo passa por inspeção e uma lavagem caprichada.
A aquisição das peças pode ser paga em dinheiro, PIX, transferência e cartões de débito e crédito. Para o cliente que têm muitas crianças na família é possível o Baby Crédito, que permite o uso do valor de uma venda na aquisição de outro item a venda. Ou seja, a Arena Baby mistura varejo popular, economia circular e algo de sustentabilidade.
Lançado em 2015, o negócio avançou tímido, até que 2022 começou a dar sinais de maturidade com um faturamento de R$ 9 milhões, com 36 unidades em funcionamento e outras 16 em implantação, apresentando um crescimento aproximado de 32%. A média de faturamento anual de R$ 250 mil por unidade não impressiona, mas o potencial e o tamanho do nicho não devem ser desconsiderados. Para 2023, a marca espera inaugurar mais 100 unidades franqueadas e alcançar o faturamento de R$ 30 milhões.
Com quatro modelos de franquias, a Arena oferece opções de investimentos em lojas de dimensões adequadas ao que se encaixa melhor ao franqueado, independente do contingente populacional de cada região. As taxas variam de R$ 120 mil a R$ 40 mil, com capital de giro de R$ 20 mil. A empresa promete margem bruta em torno de 32,5% e retorno em até 24 meses.
“Este ano lançamos um novo layout de loja, uma vez que toda a comunicação visual traz elementos da natureza, onde além de atuarmos em um negócio com conceito sustentável, conseguimos deixar a loja totalmente integrada à ideia principal”, diz Pedro Cruz, diretor de franquias.
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