TP-Link estaria permitindo que seus equipamentos sejam hackeados por uma botnet chinesa para minerar dados de empresas
Uma investigação solicitada pelo congresso dos Estados Unidos pode levar ao banimento da TP-Link, caso sejam comprovadas as suspeitas de que estaria permitindo que seus roteadores sejam hackeados e utilizados por uma botnet chinesa para minerar dados de empresas e cidadãos norte-americanos.
A marca chinesa é a maior fabricante de equipamentos do tipo no mundo, mas, segundo as autoridades, os dispositivos são alvos de hackers que controlariam os produtos via botnets, isto é, uma rede infectada por malware e comandada remotamente por um único computador.
Conforme publicação do The Wall Street Journal, alguns membros do congresso americano solicitaram que Gina Raimondo, secretária de Comércio dos Estados Unidos, inicie uma investigação à empresa para apurar a segurança dos aparelhos.
Conforme carta enviada para Raimondo, os políticos alertaram para o risco da vulnerabilidade da TP-Link, ainda mais, por sua origem chinesa. Ou seja, os congressistas temem um ataque cibernético coordenado pelo governo chinês.
Anteriormente, no final de outubro, a Microsoft relatou que hackers, a pedido da China, estariam utilizando uma botnet de milhares de roteadores para obter os dados de usuários do serviço de nuvem Azure, da própria Microsoft. Nesse sentido, a empresa confirmou que os roteadores da linha Soho, fabricados pela TP-Link, representam a maioria dos produtos hackeados.
O WSJ alega que os dispositivos da marca, muitas vezes, são enviados para os consumidores com falhas de segurança. Na publicação, o veículo ainda reforça que, embora o governo dos EUA não tenha nenhuma evidência de que a TP-Link transmita malwares de forma proposital, a companhia não se preocupa o suficiente com a segurança do usuário.
Caso comprovada a ameaça dos roteadores TP-Link, a empresa deve perder o posto de líder mundial no segmento. Segundo o The Wall Street Journal, a fabricante detém 64,9% de market share no mercado americano. Contudo, os dados não são confirmados pela TP-Link, que revelou apenas que está crescendo nos Estados Unidos.