Companhia aérea vê queda de receita e margens operacionais em meio ao processo de recuperação judicial nos EUA
A Gol registrou um prejuízo de R$ 552 milhões em fevereiro, segundo relatório financeiro enviado nesta segunda-feira (14) à Justiça dos Estados Unidos no âmbito de seu processo de recuperação judicial (Chapter 11). O resultado representa um forte recuo em relação a janeiro, quando a companhia aérea havia encerrado o mês praticamente em equilíbrio, com perda de R$ 10 milhões.
A receita líquida da empresa também sofreu queda expressiva, passando de R$ 2,24 bilhões em janeiro para R$ 1,65 bilhão em fevereiro. No acumulado do primeiro trimestre de 2024, a Gol apurou um faturamento de R$ 4,73 bilhões, abaixo dos R$ 5,51 bilhões registrados no último trimestre de 2023.
O desempenho operacional acompanhou a deterioração financeira. A margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou de 33% em janeiro para 12% em fevereiro. Já a margem Ebit, que era de 22%, passou a -1% no mesmo período.
A empresa explicou que os resultados mensais excluem efeitos cambiais e ajustes de mercado. Em janeiro, foi desconsiderado um ganho de R$ 2 bilhões com variação cambial e uma perda de R$ 66 milhões com a marcação a mercado do instrumento SN28. Em fevereiro, foram retirados um impacto negativo cambial de R$ 133 milhões e um ganho de R$ 35 milhões referente ao mesmo instrumento.
Ao fim de fevereiro, o caixa da Gol somava R$ 1,93 bilhão, abaixo dos R$ 2,09 bilhões reportados em janeiro. A dívida líquida da companhia alcançou R$ 31,4 bilhões, enquanto o saldo de contas a receber era de R$ 3,04 bilhões.
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