Companhia portuguesa propôs novos voos ou reembolsos aos passageiros. Motivação são cortes nos salários e aumento de jornadas
Tripulantes da TAP iniciaram nesta quinta-feira (8) uma greve de dois dias para protestar contra os cortes de salário. A direção da companhia aérea havia antecipado o movimento, cancelando 360 voos, o que representa metade dos programados para os dois dias.
Quanto aos voos cancelados antecipadamente, a TAP propôs aos clientes um novo voo ou reembolso. O anúncio de cancelamentos buscou evitar incertezas para “multidões de passageiros” no aeroporto, explicou a diretora-geral da empresa, Christine Ourmières Widener.
Esta greve surge diante do fracasso das negociações de um novo acordo entre a TAP e os tripulantes, cujo sindicato rejeita reduções salariais e ampliação do horário de trabalho. O grupo aéreo português, cujas dificuldades aumentaram com a pandemia, foi renacionalizado na totalidade em 2020, em troca da aplicação de um plano de reestruturação.
Desde então, o governo português anunciou a intenção de reprivatizar a companhia aérea, despertando o interesse dos grupos Air France-KLM, Lufthansa e IAG (empresa-mãe da British Airways e da Iberia).