O volume de vendas da singapurense em 2024 atingiu R$ 60 bilhões, o dobro do registrado pela Amazon no país

A disputa pelo mercado de e-commerce no Brasil ganhou novos contornos com a divulgação de um estudo do Itaú BBA desta semana. De acordo com o relatório, assinado pelos analistas Maria Infantozzi e Thiago Kapulskis, a Shopee superou a Amazon na competição com o Mercado Livre pelo setor varejista digital no país.

Os dados apresentados no estudo revelam que o volume de vendas da Shopee em 2024 atingiu R$ 60 bilhões, um crescimento expressivo que representa o dobro do registrado pela Amazon no Brasil. Apesar de ainda estar R$ 40 bilhões atrás do Mercado Livre, o desempenho ressalta a consolidação da plataforma asiática no mercado brasileiro e sua ascensão no setor.

Em termos de ticket médio, as vendas da Shopee correspondem a aproximadamente um terço do que é movimentado pelo Mercado Livre. No entanto, o alto volume de transações demonstra a força da varejista de Singapura no país.

Desafios e oportunidades

Os analistas do Itaú BBA destacam que, apesar do crescimento significativo, a Shopee ainda enfrenta desafios importantes. Um dos principais pontos de atenção é a variedade limitada de produtos, que precisa ser ampliada para competir de forma mais robusta. Além disso, a empresa precisa investir em logística e armazenagem para melhorar a velocidade de entrega e aprimorar a experiência do consumidor.

Estratégias de expansão

Para fortalecer sua presença no Brasil, a Shopee tem adotado estratégias de parcerias com marcas e firmou recentemente um acordo de comercialização com o Flamengo, um dos clubes de futebol mais populares do país. Atualmente, diversas empresas possuem lojas oficiais dentro da plataforma, o que contribui para a credibilidade e diversidade de produtos ofertados.

Outro fator que impulsiona a Shopee é o crescimento do live commerce. A tendência, que permite interação direta entre vendedores e consumidores por transmissões ao vivo, tem se expandido dentro da plataforma e gerado expectativas positivas para o futuro da varejista no Brasil.