Em setembro, a Justiça de Minas Gerais determinou o bloqueio de R$ 50 milhões dos donos e do grupo empresarial
A Justiça de Minas Gerais aumentou o bloqueio de bens dos donos da agência on-line de viagens 123 Milhas de R$ 50 milhões para R$ 900 milhões. A decisão foi tomada pelo juiz Eduardo Henrique de Oliveira Ramiro, da 15ª Vara Cível de Belo Horizonte, nesta terça-feira (17).
A medida foi solicitada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que argumentou que o valor original do bloqueio era insuficiente para garantir o pagamento dos credores da empresa.
“Considerando que as próprias rés informaram nos autos da ação de recuperação judicial que o valor dos débitos quirografários de todas as empresas do grupo econômico são de, aproximadamente, R$ 900.000.000, defiro o pedido de aumento do limite do arresto para esse valor”, anotou o magistrado em sua decisão.
A 123 Milhas está em recuperação judicial desde agosto de 2023, com dívidas estimadas em R$ 2,3 bilhões. Em setembro, a Justiça estendeu a recuperação judicial para outras empresas do grupo, como a Maxmilhas e a Lance Hotéis.
Crise na 123 Milhas
Em agosto de 2023, a 123 Milhas suspendeu a emissão de passagens e pacotes de viagens de sua linha promocional, para o período entre setembro e dezembro. A empresa ofereceu como única opção de ressarcimento vouchers para serem usados na própria plataforma.
Após o Banco do Brasil, o maior credor da empresa, apresentar um recurso, a Justiça suspendeu a recuperação judicial. O banco alegou que a 123 Milhas não apresentou todos os documentos exigidos no processo.
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