Aquisição garantirá autossuficiência em matéria-prima na região, um ponto crítico para custos de produção da empresa
A Klabin anunciou nesta quinta-feira (21) a compra da operação florestal da Arauco no Paraná por US$ 1,16 bilhão. O negócio inclui a aquisição de 150 mil hectares totais, dos quais 85 mil hectares de plantio de pinus e eucalipto, e 31,5 milhões de toneladas de madeira em pé, garantindo à companhia brasileira autossuficiência em matéria-prima na região, que era um ponto crítico para seus custos de produção ao menos até 2028. Duas das maiores unidades industriais da Klabin, Puma e Monte Alegre, estão instaladas ali.
Do valor total a ser investido, com desembolso previsto para o segundo trimestre do ano que vem após aprovações — de acionistas (AGE) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) —, R$ 3 bilhões se referem à madeira adquirida, conforme preços da consultoria Afry (antiga Pöyry), referência global no setor, e R$ 2,8 bilhões à compra das terras propriamente.
Pelo acordo, o preço por hectare a ser pago pela Klabin ficou em torno de R$ 33 mil, contra os mais de R$ 100 mil na mesma região, no início do ano. Houve forte valorização das terras em determinadas regiões do país nos últimos anos.
A operação será realizada por meio de controladas da Klabin. Já o pagamento deverá ser feito no fechamento da transação, utilizando os recursos já em caixa da companhia.
Detalhes da compra
O negócio estipula a aquisição direta de 100% do capital social da Arauco Florestal Arapoti (AFA) e da Arauco Forest Brasil (AFB). Também inclui a compra indireta de 49% do capital social da Florestal Vale do Corisco (VdC) e de 100% da Empreendimentos Florestais Santa Cruz (SC).
Segundo a Klabin, a compra dos ativos da Arauco no Paraná irá reduzir os custos operacionais de colheita e transporte de madeira, melhorando o custo caixa total da empresa.
Impacto da compra
A compra da operação florestal da Arauco no Paraná é um movimento estratégico da Klabin para fortalecer sua posição no mercado de papel e celulose. O negócio permitirá à empresa reduzir custos, aumentar a competitividade e antecipar o atingimento da autossuficiência de madeira.