Empresa também esbarra no problema da renovação da concessão dos serviços de distribuição de energia no Rio em 2026
A Light deu entrada em pedido de recuperação judicial na 3ª Vara Empresarial do Estado do Rio de Janeiro em caráter de urgência nesta sexta-feira (12). A companhia assumiu dívida de R$ 11 bilhões.
“A companhia vem, em conjunto com seus assessores financeiros e legais, avaliando alternativas e empreendendo esforços na busca do equacionamento de obrigações financeiras próprias e de outras pelas quais é também coobrigada”, afirmou a Light em comunicado enviado ao mercado.
A empresa elétrica também afirmou que já está em conversa com seus credores, no âmbito de procedimento de mediação devidamente instaurado e em curso.
A Light explica que a cautela com urgência foi solicitada pois “os desafios oriundos da atual situação econômico-financeira da companhia e algumas de suas subsidiárias se mantêm e vêm se agravando”.
A medida busca proteger as empresas até que seja possível implementar o equacionamento do seu endividamento e a readequação da sua estrutura de capital.
Com o pedido, a Light presa pela proteção e manutenção dos serviços prestados pelo grupo, continuidade no cumprimento das obrigações intrasetoriais, preservação de valor e promoção de sua função social, afirma.
Quem são os credores
No fato relevante no qual informa sobre o pedido de recuperação judicial, a Light diz que vem empreendendo esforços na busca do equacionamento de obrigações financeiras próprias e de outras pelas quais é também coobrigada. Isso inclui tratativas com certos credores no âmbito de procedimento de mediação em curso.
E para quem a Light deve, afinal? Os investidores que compraram debêntures da companhia são os mais afetados. A companhia possuía no mês passado R$ 6,8 bilhões desses papéis no mercado, o equivalente a 62,5% do endividamento.
Além das debêntures no Brasil, a Light emitiu títulos de dívida a investidores no exterior, para os quais também pediu proteção da Justiça. O valor dos bonds, que vencem em 2026, equivale a R$ 3,13 bilhões — ou seja, 28,6% da dívida da da companhia.
O que MONEY REPORT publicou: