Impulsionada por cinema e streaming, receita supera expectativas e alcança US$ 24,7 bilhões, apesar de desafios no setor de parques
A Walt Disney Company divulgou nesta quarta-feira (5) os resultados do primeiro trimestre fiscal de 2025, registrando um crescimento de 34% no lucro líquido, que atingiu US$ 2,55 bilhões. O resultado foi impulsionado pelo sucesso nas bilheteiras, com “Moana 2” arrecadando US$ 1,03 bilhão, e pelo avanço no streaming. No pré-mercado, as ações da companhia subiram cerca de 2,4%.
A receita da Disney cresceu 5% no trimestre, atingindo US$ 24,7 bilhões, superando as projeções dos analistas. “Este trimestre representou um início sólido para o ano fiscal, e seguimos confiantes em nossa estratégia de crescimento”, afirmou o CEO Bob Iger em comunicado aos acionistas.
Streaming e cinema em alta
A divisão de streaming da companhia teve o melhor desempenho desde o lançamento do Disney+, revertendo perdas anteriores e alcançando um lucro de US$ 293 milhões. Apesar da queda no número de assinantes, que chegou a 124,6 milhões, a alta nos preços dos serviços e a implementação do plano com anúncios impulsionaram os resultados.
Já o segmento de entretenimento viu sua receita operacional aumentar 31%, com a divisão de estúdios registrando um lucro de US$ 312 milhões, também revertendo perdas do ano anterior. A Disney estima que o lucro operacional do streaming crescerá cerca de US$ 875 milhões ao longo do ano.
Desafios nos parques e na TV
Apesar dos bons resultados no entretenimento digital, o setor de parques e experiências, que inclui resorts e cruzeiros, enfrentou desafios. A receita dos parques temáticos permaneceu estável em US$ 9,4 bilhões, impactada pelos furacões Milton e Helene. A iminente inauguração do parque Universal Epic Universe, em maio de 2025, pode representar novos desafios competitivos para a Disney.
As operações de TV aberta e TV a cabo também registraram queda na receita e no lucro, devido ao aumento dos custos com programação e à redução no número de assinantes.
Esportes e sucessão na Disney
A divisão de esportes conseguiu reverter prejuízos anteriores, registrando um lucro operacional de US$ 247 milhões, enquanto o canal ESPN obteve crescimento na receita, mas viu queda no lucro doméstico devido ao aumento dos custos operacionais.
Enquanto isso, a Disney segue em busca de um sucessor para Bob Iger, cujo contrato se encerra em dezembro de 2026. A previsão é que um novo CEO seja anunciado no início de 2026.
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