Preços menores do minério de ferro e do níquel impactaram o resultado
Após anunciar uma transação bilionária envolvendo a unidade de metais básicos, a empresa Vale divulgou nesta quinta-feira (27) os resultados financeiros do segundo trimestre, que apresentaram uma queda significativa em suas principais métricas.
O lucro líquido da mineradora no período foi de US$ 892 milhões, representando uma redução de 78,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A receita líquida de vendas também registrou um declínio de 13,3% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando US$ 9,67 bilhões. Essa queda foi atribuída aos preços menores do minério de ferro e do níquel.
O ebitda ajustado da Vale sofreu uma queda de 26,3% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 3,8 bilhões. O indicador proforma, que exclui as despesas relacionadas à tragédia de Brumadinho, caiu 25,1%, chegando a US$ 4,1 bilhões.
A empresa também teve que provisionar recursos consideráveis para indenizações e outros gastos relacionados à tragédia de Brumadinho, resultando em um impacto total de US$ 16,7 bilhões no Ebitda desde 2019 até o segundo trimestre de 2023.
Além disso, a dívida líquida da Vale aumentou em 67,3%, subindo de US$ 5,3 bilhões no segundo trimestre de 2022 para US$ 8,9 bilhões entre abril e junho deste ano.
Apesar dos resultados abaixo do esperado, o conselho de administração da Vale aprovou a distribuição de R$ 8,2 bilhões em juros sobre o capital próprio (JCP). O pagamento será realizado em 1º de setembro deste ano, mas as ações serão negociadas “ex-JCP” na B3 e na NYSE a partir de 14 de agosto. Os acionistas podem optar por adquirir as ações antes da data de corte para ter direito aos dividendos ou aguardar e comprá-las por um valor menor, mas sem direito ao JCP.
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