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Madero tem lucro de R$ 28 mi no 3º trimestre

Endividamento líquido caiu 28,7% em relação ao mesmo período de 2023, chegando a R$ 594,9 milhões

A redução de dívida do Grupo Madero, rede de restaurantes do chef Junior Durski (na imagem), acelerou no terceiro trimestre deste e ajudou a companhia a reverter o prejuízo de R$ 18 milhões no mesmo período de 2023, registrando um lucro líquido de R$ 28 milhões.

Segundo o balanço divulgado pela companhia, o endividamento líquido caiu para R$ 594,9 milhões, representando uma queda de 28,7% em relação ao mesmo período de 2023. A relação dívida líquida/ebitda ficou em 1,07 vez, um avanço significativo em comparação com 2020, quando a alavancagem superou 15 vezes.

A melhora no endividamento do grupo está ligada a um financiamento de R$ 500 milhões realizado em julho com cinco bancos, via emissão de notas comerciais, usado para pagar a parte mais onerosa da dívida. Com isso, a taxa de juros foi reduzida de CDI+6,50% para CDI+3,85%, com potencial de queda adicional para CDI+2,75%, conforme a empresa avance em métricas de crédito.

A estratégia atual do Madero é reduzir o ritmo de novas aberturas de lojas para focar na redução da dívida. Somente após essa etapa a empresa planeja acelerar a expansão, mas não no ritmo agressivo de anos anteriores.

No fim do terceiro trimestre, a rede contava com 274 restaurantes, com duas novas unidades abertas no Rio de Janeiro: um Madero Steakhouse no ParkShopping Jacarepaguá e uma loja do Jeronimo no ParkShopping Campo Grande.

A companhia também busca diminuir o custo de abertura de novas unidades. No trimestre, o Madero investiu R$ 28,9 milhões em capital de giro (capex), 71,1% a mais do que no mesmo período de 2023. Desse valor, R$ 16,6 milhões foram destinados à abertura de novas lojas.

O ebitda ajustado cresceu 54,8%, totalizando R$ 166,4 milhões, beneficiado pelo Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). Sem o PERSE, o valor seria de R$ 134,4 milhões. A margem Ebitda ajustada aumentou para 32%, com alta de 6,7 pontos percentuais.

Entre julho e setembro de 2024, a receita líquida do Madero foi de R$ 520 milhões, um crescimento de 22,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Descontando o efeito do Perse, a receita teria sido de R$ 478,1 milhões.

As vendas em lojas comparáveis, abertas há pelo menos um ano, subiram 12%. Já o delivery representou mais de 20% da receita total do trimestre, reflexo do esforço da companhia em aprimorar a experiência do cliente.

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