A pandemia fez o mercado de jatos executivos ganhar força. A recuperação da demanda surpreendeu os executivos do Credit Suisse, BNP Paribas e outros credores do setor, publicou a Bloomberg News nesta segunda-feira (8). Os altos executivos precisam se locomover para gerir seus negócios, mas ainda se preocupam com as contaminações por covid-19, por isso os jatos se tornaram essenciais. A tendência é que conforme as vacinações caminhem, este público continue optando por este modelo. “A crise mostrou o valor deste setor em comparação com a aviação comercial”, afirmou Marie-Laure Gassier, consultora sênior de crédito para financiamento de jatos e iates do BNP Paribas. Apesar disso, as instituições não divulgaram a taxa de crescimento da demanda.
É certo que a frota não ficou muito tempo hangarada por causa do início da pandemia. As novas horas voadas vieram de arrendamentos em dias vagos para companhias de fretamento executivo, que assim têm disponíveis desde aeronaves para quatro passageiros em trajetos curtos (very light jets, como o Embraer Phenom 100) até equipes de 20 pessoas em voos transcontinentais (long range jets, como o Bombardier Global 7500). No Brasil, uma mudança na regulamentação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) permitiu que empresas de táxi-aéreo também pudessem vender assentos individuais para passageiros – antes só era possível o fretamento da aeronave inteira. Com isso, houve um barateamento relativo e pontual da aviação executiva.