Lance mínimo exigido pelo edital é de R$ 19,3 milhões

O leilão para concessão do Metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Metrô-BH) será realizado nesta quinta-feira (22) às 14h na sede da B3, em São Paulo. A sessão pública vai definir a empresa vencedora que será a controladora da Companhia Brasileira de Trens Urbanos em Minas Gerais (CBTU-MG) e terá a responsabilidade pela gestão, operação e manutenção da rede, incluindo a Linha 1 (Novo Eldorado–Vilarinho) e a Linha 2 (Nova Suíça-Barreiro).

O lance mínimo exigido pelo edital é de R$ 19,3 milhões. O contrato prevê investimento de R$ 3,2 bilhões ao longo dos 30 anos de concessão. A maior parte dos recursos previstos, cerca de R$ 2,8 bilhões, virá do orçamento federal de 2022, enquanto que o governo mineiro vai injetar R$ 440 milhões provenientes do acordo firmado com a Vale para a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem em Brumadinho (MG).

Atualmente, a rede de transporte metroferroviário em Minas Gerais possui uma linha (Linha 1), que atende aos municípios de Belo Horizonte e Contagem (MG), compreendendo 19 estações e 28,1 quilômetros de extensão. O novo concessionário deverá renovar a frota de trens, modernizar a rede existente (Linha 1, de Novo Eldorado a Vilarinho) e construir uma extensão de 10,5 quilômetros (Linha 2, de Nova Suíça a Barreiro).

Os estudos indicam que após os investimentos o sistema deve beneficiar aproximadamente 270 mil passageiros diariamente, dos quais 50 mil devem utilizar a nova Linha 2. A previsão é que as novas estações comecem a ser inauguradas em a partir do quarto ano da concessão e que todas estejam operacionais no sexto ano.

O modelo de desestatização combina a venda da estatal federal CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) — apenas a divisão de Minas Gerais — e a concessão estadual dos serviços do metrô pelo prazo de 30 anos. Um dos grupos apontados como possível interessado é a CCR. A companhia, porém, vem de uma onda de novos contratos e tem sinalizado que será seletiva.