Empresa se junta a Meta, Twitter e Amazon entre as Big Techs que dispensaram funcionários em massa recentemente
A Microsoft informou nesta quarta-feira (18) que vai cortar 10 mil empregos até o final do terceiro trimestre do ano fiscal de 2023, que acontece entre abril e junho. O corte representa cerca de 5% da base total de funcionários, disse a empresa.
No blog de comunidade da Microsoft, o CEO Satya Nadella disse que a empresa “vai alinhar nossa estrutura de custo com nossa receita e onde vemos demanda de clientes”. Nadella, disse que os clientes querem “otimizar seus gastos digitais para fazer mais com menos” e “ter cautela, já que algumas partes do mundo estão em recessão e outras partes estão antecipando uma”.
A empresa teve uma baixa contábil de US$1,2 bilhão em seu segundo trimestre fiscal de 2023 (out-dez.2022) por conta dos custos dos pacotes de demissões, mudanças no portólio de hardware e outras despesas.
A empresa também está lidando com uma queda no mercado de computadores pessoais depois de um boom nos primeiros anos da pandemia. “Estamos vivendo tempos de mudanças significativas. É importante notar que, embora estejamos eliminando funções em algumas áreas, continuaremos a contratar em áreas-chave estratégicas”, escreveu Satya Nadella.
“É importante notar que embora estejamos elimitando posições em algumas áreas, vamos continuar a contratar em áreas estratégicas”, disse Nadella.
A Microsoft recentemente anunciou investimentos de US$10 bilhões na OpenAi, a startup por trás de inteligências artificiais gerativas muito populares, como ChatGPT e DALL-E 2.
Demissões em tech
Essa leva de demissões afetará cerca de 5%
de toda a força de trabalho de 221 mil funcionários, e é a segunda maior na história da Microsoft. Entre 2014 – 2015, pouco após Nadella se tornar CEO, cerca de 25 mil funcionários foram demitidos após a empresa abandonar seus planos com a Nokia.
As “big techs”, como são conhecidas Apple, Microsoft, Meta (dona de Facebook, Instagram e WhatsApp), Alphabet (dona do Google) e Amazon — vivem um mau momento. Nos últimos 12 meses, elas perderam juntas quase US$ 4 trilhões em valor de mercado.
Em novembro passado, a Meta havia anunciado o corte de 11 mil funcionários. O Twitter, após ser comprado pelo bilionário Elon Musk, demitiu metade dos cerca de 7,5 mil funcionários.
A gigante do varejo Amazon, também confirmou o desligamento de 18 mil trabalhadores e o comunicado começou a ser enviado para os funcionários nesta quarta-feira.