Decisão estaria ligada ao modo como o bilionário usa as redes sociais, influenciando o desempenho das ações de empresas
O fundador da Tesla e da SpaceX Elon Musk desistiu de ingressar no conselho de administração do Twitter, a qual se tornou acionista. A decisão foi anunciada neste domingo (10), pelo presidente-executivo da rede social, Parag Agrawal.
“A nomeação de Elon para o conselho deveria se tornar efetiva de maneira oficial em 9 de abril, mas Elon informou naquela manhã que não se uniria ao conselho”, afirmou Agrawal em uma mensagem enviada aos funcionários do Twitter. “Acredito que é melhor”, completou. “Elon é nosso maior acionista e permaneceremos abertos a sua contribuição”, acrescentou Agrawal. Musk respondeu apenas com um emoticon de rosto com a mão na boca no Twitter.
As razões para a desistência ainda precisam ser confirmadas, mas há obstáculos de caráter institucional para a empresa. Ao longo dos anos, Musk colecionou conflitos com órgãos reguladores. Em 2018, a CVM americana adotou meditas contra o uso intensivo das redes pelo bilionário depois de um tentativa de levar a Tesla para a bolsa. Após o ocorrido, Musk afirmou à agência que sua participação doravante seria passiva, sem influenciar em decisões estratégicas das organizações. Para participar do conselho da empresa, mesmo o homem mais rico do mundo teria que se adaptar, agindo de acordo com as regras e sempre em favor da empresa, da qual anunciou ter adquirido 9% das ações em 4 de abril. Agora ele possui 14,9% da companhia.
Entre as interferências no mercado esteve a pesquisa em seu perfil no Twitter que perguntava se as pessoas gostariam de uma função “modificar” após a publicação. Dos 4,4 milhões de participantes, 73% responderam ‘sim’. A plataforma anunciou que testaria a função. Demonstrando que não cumpriu o que afirmou sobre interferência, no sábado (9) Musk também questionou se a rede social estava “morrendo”, ao mencionar contas pouco ativas.
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