Bilionário espera reduzir seu tempo gasto na empresa e encontrar outra pessoa para administrar a rede ao longo do tempo
O bilionário Elon Musk já pensa em passar o bastão do Twitter, rede social comprada por US$ 44 bilhões após uma negociação de seis meses concluída em 27 de outubro. Segundo informações reveladas pelo jornal americano Wall Street Journal, o fundador da Tesla cogita encontrar um novo CEO para cuidar da operação diária da plataforma.
Documento protocolado no Tribunal de Chancelaria da Corte de Delaware, de autoria de Musk, diz que o bilionário espera “reduzir seu tempo gasto no Twitter e encontrar outra pessoa para administrar a rede ao longo do tempo”. Na prática, um novo presidente executivo poderia ser apontado, enquanto Musk continuaria atuando como dono da companhia e membro do conselho.
A mensagem indica qual deve ser o próximo passo de Musk após a compra do Twitter. O bilionário tem como objetivo melhorar as condições financeiras da plataforma, engordar o faturamento a partir da assinatura de usuários, enquanto tenta aumentar o número diário de usuários da rede.
Desde a aquisição do Twitter, Musk demitiu executivos importantes, descontinuou recursos, demitiu mais de 3 mil funcionários e ameaçou que a companhia pudesse chegar à falência.
‘Comprometimento hardcore’
O bilionário Elon Musk deu um ultimato aos funcionários do Twitter e pediu que eles tivessem um “comprometimento hardcore” com a empresa, do contrário poderiam ser demitidos, segundo e-mail interno visto pelo jornal Washington Post na quarta-feira (16).
A mensagem enviada aos funcionários informa que os colaboradores devem assinar um compromisso de permanência na empresa, caso optem por continuar nas equipes restantes após as demissões de duas semanas atrás.
“Se você tem certeza de que quer fazer parte do novo Twitter, clique sim no link abaixo”, escreveu Musk, com uma página direcionando o empregado para um formulário online, cujo prazo máximo para ser preenchido era até esta quinta-feira (17).
Após a demissão em massa no último dia 4 (que cortou cerca de 50% dos funcionários da companhia), diversos empregados optaram por sair da empresa, incluindo executivos do alto escalão. Na semana passada, a companhia havia suspendido a política de “home office” após alerta emitido por Musk sobre “tempos difíceis” que estão por vir.
Recentemente, Elon Musk também informou à equipe do Twitter que a empresa pode ir à falência caso passe por mais uma crise. A preocupação do bilionário é resultado da saída de grandes anunciantes da plataforma, que eram a principal fonte de receita para a rede social.
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