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Nestlé lucra US$ 6,33 bi no 1º semestre

Empresa projeta um crescimento orgânico das vendas de até 3% para o ano fiscal de 2024

A Nestlé, gigante suíça do setor de alimentos e bebidas, divulgou nesta quinta-feira (25) um lucro líquido de 5,6 bilhões de francos suíços (aproximadamente US$ 6,33 bilhões) no primeiro semestre de 2024. Esse resultado é similar ao obtido no mesmo período do ano passado, contrariando as expectativas de um lucro líquido de 5,76 bilhões de francos suíços, conforme consenso de mercado.

Apesar do lucro básico por ação ter subido 3,3% em moeda constante, houve uma queda de 1% em termos reportados, atingindo 2,40 francos suíços. As ações da Nestlé na bolsa suíça registraram uma queda de 4,77% por volta das 8h15 (horário de Brasília).

As vendas da empresa totalizaram 45 bilhões de francos suíços (US$ 50,9 bilhões) nos primeiros seis meses do ano, representando uma queda de 2,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A expectativa era de 45,31 bilhões de francos suíços. O crescimento interno real (RIG), principal medida de volume de vendas da empresa, foi de 0,1%, superando a expectativa de uma queda de 0,5%. A variação dos preços ficou em 2%, abaixo dos 3% previstos.

A Nestlé, assim como outras empresas do setor, elevou seus preços nos últimos anos para compensar os custos crescentes de ingredientes e logística, decorrentes de um período de inflação sem precedentes. No ano passado, os preços subiram em média 7,5%, mas o ritmo foi reduzido no início deste ano, à medida que as pressões inflacionárias diminuíam e os consumidores optavam por marcas mais econômicas.

Por região, a Nestlé apresentou crescimento orgânico na Europa (1,3%) e em mercados emergentes como China (2,9%) e América Latina (0,1%). Na América do Norte, houve uma retração de 1,5% e estabilidade na região que abrange Ásia, Oceania e África. Em termos de valores, todas as regiões apresentaram ligeira queda nas vendas, exceto a América Latina, que registrou um aumento de 6 bilhões para 6,16 bilhões de francos suíços.

“O crescimento foi impulsionado por um forte aumento de vendas no Brasil, México e América Central, que mais do que compensou a desaceleração em outros mercados. A região ganhou participação de mercado em chocolate, café porcionado e culinária ambiente, mas perdeu em café solúvel e lácteos”, afirmou a empresa em seu balanço.

As marcas de café Nescafé, Nespresso e Starbucks foram os maiores contribuintes para o crescimento orgânico da Nestlé no semestre. As vendas de ração para pets também apresentaram ganhos, impulsionadas por marcas premium, além de aumentos nas categorias de confeitaria, água, nutrição infantil, culinária e laticínios.

“O crescimento interno real positivo está de volta. Entregamos um volume melhorado e crescimento de mix em todo o grupo no segundo trimestre”, disse o CEO da Nestlé, Mark Schneider. “Olhando para o restante do ano, continuaremos a impulsionar o RIG lançando inovações que abordem as tendências do consumidor e expandindo nossas grandes marcas. Ao mesmo tempo, vimos os preços caírem mais rápido do que o esperado, portanto, consideramos prudente ajustar nossa orientação para o ano, com o crescimento orgânico das vendas agora esperado em pelo menos 3%”, acrescentou.

Para o ano fiscal de 2024, a Nestlé projeta um crescimento orgânico das vendas de até 3%, com lucro operacional subjacente estimado para aumentar a uma taxa média de um dígito. A orientação para o lucro por ação subjacente permanece inalterada, com expectativa de aumento moderado.


Foto: Divulgação Nestlé

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