Empresa estima que escalada dos alimentos saudáveis na região representará até 15% do faturamento nacional em 2027
Food desing de aromas e ingredientes, a MasterSense desvia parte de suas atenções da expansão na América Latina para centrar esforços no crescente mercado nordestino. Os negócios seguem na Bolívia, Colômbia, Guatemala, Chile, e México, mas o direcionamento para alimentos saudáveis ganha força a partir da Bahia graças ao interesse crescente dos consumidores.
Para este ano, a expectativa é avançar grandiosos 26% no faturamento e atingir R$ 370 milhões. Em 2023, a empresa alcançou R$ 270 milhões, sendo 60% no Brasil e 40% na América Latina. Com a nova frente, a companhia prevê que esse mercado passe a representar de 12% a 15% do faturamento nacional nos próximos três anos. Há potencial para até mais, já que hoje a região representa cerca de 30% da indústria alimentícia brasileira e os consumidores locais querem opções com baixos teores de gordura, açúcar, e níveis elevados de proteínas e vitaminas, mas que tenham sabores adequados aos gostos locais.
O plano de expansão caminha de mãos dadas com o bom desempenho da indústria de alimentos e uma escala estratégica de alimentos com alto índice nutricional. Reeducar hábitos alimentares é o desafio, diz o CEO da MasterSense, Gustavo Assis (imagem): “O equilíbrio entre poder de consumo e saudabilidade se dará com o tempo. No entanto, já é possível por uma onda nacional de influência de hábitos e de uma alimentação saudável”.
Assis explica que a expansão internacional abriu os horizontes. No entanto, o ajuste de foco foi necessário, já que oportunidades é algo que não se desperdiça. “Estamos entendendo o potencial de consumo dessa região e executamos um plano de expansão específico. Entendemos que o faturamento da empresa está concentrado no Sudeste e Sul, mas em potencial de consumo nacional esse volume pode ser bem maior”, afirmou.
Como integra cadeias industriais, esse trabalho é conjunto. Um exemplo é a parceria com a Mais Mu, de São Paulo, que deseja entrar mais forte no mercado nordestino com seus suplementos alimentares, barras de cereal, proteínas e produtos veganos. A estimativa é alcançar um faturamento semelhante ao de países como Argentina e México – mas com um consumo per capita menor.
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