O valor de mercado do banco digital, que já era maior do que o do Itaú, chegou perto de US$ 63 bilhões
As ações do banco digital Nubank acumulam alta de 58,5% este ano, dando ao banco digital uma capitalização de mercado de US$ 63,3 bilhões. Após ter ultrapassado o Itaú em valor de mercado nas últimas semanas, mais recentemente o Nubank ultrapassou também outras gigantes globais, como PayPal e Bank of Montreal.
De acordo com um ranking o site Companies Market Cap, o Nubank está no 47º lugar entre as maiores companhias do mundo no setor financeiro, e perto de ultrapassar nomes como a London Stock Exchange e o banco italiano Unicredit. O topo da lista é dominado pelo J.P. Morgan, com um valor de mercado de US$ 596,7 bilhões, ou seja, quase dez vezes a capitalização do Nubank.
Entre os passos recentes, o Nubank anunciou no final de junho a aquisição da Hyperplane, empresa de inteligência de dados. O banco captou R$ 1 bilhão em letras financeiras e promete usar mais o mercado local para levantar recursos.
Apesar do desempenho robusto, o Goldman Sachs emitiu um alerta sobre os riscos de depreciação do real, que pode impactar os resultados financeiros do Nubank, já que a empresa divulga seus resultados em dólar. O banco americano revisou sua estimativa de lucro para o Nubank em 2024, reduzindo-a em 7% para US$ 1,9 bilhão. Para o segundo trimestre, o Goldman projeta um lucro de US$ 425 milhões, equivalente a cerca de R$ 2,3 bilhões no câmbio atual.
Perspectivas futuras
Os analistas do Goldman Sachs, no entanto, mantêm uma visão positiva sobre o crescimento do Nubank, especialmente no mercado de crédito para pessoa física no Brasil, onde a empresa tem potencial para triplicar sua participação até 2028. A operação no México está se acelerando e deve se tornar lucrativa no primeiro trimestre de 2025, com a Colômbia seguindo no segundo trimestre de 2026.
“Acreditamos que o Nubank pode replicar seu sucesso brasileiro em outros mercados. No México, esperamos que os depósitos continuem crescendo rapidamente, oferecendo rendimentos atrativos aos consumidores, enquanto os empréstimos devem acelerar em 2025,” afirmam os analistas do Goldman Sachs.