A plataforma online com fama de fazer “de tudo”, Borzo registrou crescimento de 291%
Os números não mentem: o crescimento do delivery já era uma tendência consolidada antes da pandemia do coronavírus. O que mudou a partir de 2020 foi a rapidez desse ritmo e o alcance que a solução teve globalmente a partir do momento em que deixou de ser conveniência para se tornar necessidade. No ano passado, o comércio eletrônico brasileiro registrou faturamento recorde de R$ 161 bilhões, alta de 27% em comparação com 2020, segundo levantamento da Neotrust. O número de entregas realizadas atingiu 353 milhões – alta de 17% em comparação com 2020.
A Borzo, plataforma online de entregas expressas, que leva a fama de fazer delivery “de tudo”, presente em 10 países e, aproveitou a ponto de registraro um crescimento de 291% em suas entregas em 2021, em comparação com o ano anterior. A companhia registrou um aumento de 70% de clientes na sua base e 50% a mais de pedidos na plataforma no ano passado. De acordo com Bruno de Sá, country de manager da Borzo, esse processo teria acontecido sem a pandemia, mas ele levaria muito mais tempo “O lockdown apenas impulsionou um movimento que já era observado no mercado. Os negócios em geral tiveram que aprender rapidamente a vender online. O impulso do delivery era inevitável”.
Segundo Bruno de Sá, a Borzo também teve que se reinventar e aprender para não ficar para trás nesta mudança econômica “Nosso sistema de entrega teve que mudar com o distanciamento social e, em simultâneo, acompanhar a proximidade da tecnologia, então foi um paradoxo bem interessante que presenciamos. Apesar de o processo ser trabalhoso, o resultado foi prazeroso”, observa.
“A Borzo está na jornada de sua expansão. A empresa cresceu em mais de 10 mercados e construiu um produto notável. A chave agora é ser capaz de fazer dela uma empresa verdadeiramente global, levando-a a uma nova etapa e coordenar todas as suas partes internas, esforços e inovações. É incrivelmente emocionante fazer parte dessa jornada e estou confiante de que conseguiremos fazer isso com nossa equipe”, afirma Idriss Al Rifai.
Entregadores
Com a pandemia, houve um aumento da figura dos entregados na cidade. Seja de motocicleta, bicicleta, eles fazem parte do cenário das ruas das principais cidades com muito mais intensidade. Histórias de acidentes – alguns fatais –, maus tratos e exploração são frequentes entre a categoria.
“Na Borzo, nós sempre respeitamos as questões trabalhistas e praticamos o atendimento humanizado. A única mudança foi um novo treinamento para nos adaptarmos a nova tecnologia que a pandemia exigiu para o app. Respeitamos a saúde mental de nossos colaboradores, que possui sua flexibilidade e escolhe os pedidos que quer entregar. O problema é que, já vimos em pesquisas, não só nossas, mas também do mercado, que o entregador trabalha em simultâneo em média em 7 aplicativos de delivery diferentes. Em algumas conversas, já vimos casos de entregados que trabalham em 13.”
Segundo Sá, a Borzo repassa cerca de 80% do valor das entregas aos profissionais, enquanto a média nacional está em torno de 70%. Globalmente, a Borzo possui mais de 2,3 milhões de entregadores autônomos cadastrados, atendemos mais de 3 milhões de clientes ativos, intermediando cerca de 2 milhões de pedidos por mês em 10 países, incluindo Índia, Tailândia, Indonésia e México.
Surgimentos de nichos
As novas demandas do mercado em função da pandemia exigem que o mercado inove e se transforme. Por isso, a abertura de novos nichos foi uma tendência do segmento da Borzo. “Na pandemia obviamente cresceu o delivery de comida e bebida, mas o que preocupou foi o aumento do consumo de bebida alcoólica. Por outro lado, o que nos surpreendeu foi o aumento no mercado PET e de Sex Shop”, conta Bruno.