O COO Richard Dickson contou como a maior fabricante de brinquedos do mundo trabalha para manter relevância cultural de suas marcas
Fundada em 1945, a Mattel se tornou uma das principais fabricantes mundiais de brinquedos e consegue se manter viva até os dias atuais. Suas principais marcas ainda são as mesmas desde o início, Hot Wheels e Barbie, e são responsáveis por ditar comportamentos ao longo de gerações. A empresa participou nesta terça-feira (17), na NRF 2023 – Retail’s Big Show, em Nova York, por meio de uma palestra com seu CEO, Richard Dickson.
A Mattel revelou alguns insights importantes do painel para que empreendedores pensem em construir negócios longevos. A empresa utiliza uma metodologia com três etapas:
- Propósito. Cada uma das marcas da empresa é direcionada por um propósito, respondendo à questão “qual valor essa marca traduz?”.
- Inovação a partir do design. O entendimento do comportamento do consumidor ajuda a Mattel a desenvolver produtos pensados e inspirados no próprio público.
- Ser sempre parte das conversas. A Mattel busca integrar os produtos à realidade cultural dos consumidores, para que sempre seja uma representação daquilo que está no dia a dia. Exemplo disso são as Barbies de diferentes profissões, que geram identificação com o sonho das crianças, ou com a função desempenhada pelos pais.
Logo no início, Dickson comentou sobre a parceria entre as duas companhias, responsável por originar a Mattel Creations, site dedicado para venda de itens de edição especial. O formato é semelhante ao da American Girl, importante marca de boneca da Mattel. Atualmente, a Mattel Creations é uma das marcas que mais cresce dentro do guarda-chuva da companhia.
O objetivo era levar os produtos da marca para outros segmentos, mas ele também acaba se tornando um espaço de encontro e representatividade. De acordo com o executivo, atualmente são vendidos até NFTs na plataforma. “Uma tendência apontada pela Mattel é o interesse crescente do público adulto por marcas que remetem à infância, de colecionáveis”, afirma Leão.
Como aprendizado para as pequenas e médias empresas, o especialista diz que as marcas precisam saber, de fato, quem são e o que manifestam por meio de seus produtos e serviços. “Consumidores falam com as marcas o tempo todo. É preciso aprender com as conversas – ouvir o consumidor e criar as mudanças instigadas por ele”, diz.
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