Acionistas que detêm 40,6% da companhia rejeitam proposta de aquisição
A Mobly anunciou nesta quarta-feira (5) que um grupo de acionistas, representando 40,6% do capital social da empresa, manifestou oposição à proposta de aquisição apresentada pela família Dubrule. Segundo a companhia, essa rejeição inviabiliza a possibilidade de a oferta pública de aquisição (OPA) atingir o volume mínimo estipulado na proposta.
De acordo com o comunicado divulgado pela Mobly, a família Dubrule pretendia adquirir pelo menos 85 milhões de ações ordinárias, correspondentes a 69,2% do capital social total da empresa. No entanto, com a indisposição dos acionistas a vender suas participações, a proposta é considerada inviável mesmo que a OPA venha a ser oficialmente lançada.
A empresa também ressaltou que o preço por ação apresentado na oferta reflete um “expressivo desconto” em relação às cotações atuais e ao valor patrimonial por ação, usado como referência na mais recente rodada de capitalização da companhia.
Outro entrave destacado no comunicado é a necessidade de anuência dos debenturistas da Tok&Stok, que precisariam aprovar a mudança de controle da empresa. Além disso, seria necessário alterar o estatuto social para excluir a cláusula que exige uma OPA caso um acionista ultrapasse 20% de participação no capital social.
A Mobly também negou especulações sobre uma nova capitalização da empresa. “Diferentemente do noticiado, a administração esclarece que não há planos para capitalização da companhia neste momento”. A empresa afirmou que segue focada na implementação de sua estratégia de negócios e na captura de sinergias advindas da aquisição do controle da Tok&Stok.