Estudo Gad Insights 2024 destaca que as marcas precisam rever suas abordagens para construir conexões mais genuínas e sustentáveis
A consultoria de marca e experiência Gad apresentou a 5ª edição do Gad’ Insights 2024, estudo que busca discutir o futuro do branding e oferecer caminhos para as empresas fortalecerem sua relação com os consumidores. A análise, que resume o comportamento das marcas ao longo do último ano em dez grandes insights, traz à tona questões cruciais sobre o impacto do excesso de branding no cenário contemporâneo.
Intitulado “A Era do Overbranding”, revela como os avanços tecnológicos têm potencializado o consumidor final, gerando experiências cada vez mais ultra personalizadas. No entanto, aponta também os desafios que surgem dessa hiper exposição, como a necessidade de repensar as fronteiras entre o público e o privado na construção de uma relação saudável entre marcas e pessoas.
Luciano Deos, CEO da Gad, destaca que as marcas precisam rever suas abordagens para construir conexões mais genuínas e sustentáveis. “As empresas devem deixar de invadir a vida das pessoas e adotar uma postura menos intrusiva. Bombardear os consumidores com mensagens constantes pode não ser o caminho para conquistar a atenção”, afirma.
O relatório ressalta que vivemos um momento crucial, em que o excesso de branding pode ser prejudicial. As marcas correm o risco de perder sua identidade ao se espalharem em excesso, enquanto os consumidores, sobrecarregados por estímulos constantes, podem se distanciar das interações com as empresas. Além disso, há o impacto negativo na sociedade, com espaços públicos e experiências comunitárias cada vez mais mediadas por marcas.
O conceito de overbranding discutido no estudo reflete a crescente “brandificação do mundo”, em que as marcas buscam expandir sua presença em todos os aspectos da vida cotidiana – desde o espaço público, com a proliferação de naming rights, até a privacidade dos lares e momentos de lazer. Segundo o Gad’ Insights 2024, essa hiperexposição pode levar a três grandes consequências:
- Risco de perda de identidade das marcas ao se espalharem em excesso;
- Consumidores sobrecarregados por interações constantes com marcas;
- Impacto negativo na sociedade, com espaços públicos dominados por marcas.
Para Deos, é fundamental que as empresas adotem uma abordagem mais consciente e sustentável na construção de suas marcas. “As marcas precisam ser convidadas na vida dos consumidores, não invasoras”, conclui Deos.
Confira o estudo:
Respostas de 3
Excelente abordagem sobre o tema. Parabéns.
verdade, as marcas tem que se reinventar ja!
“Estratégia de branding que respeite os limites entre o público e o privado”. Exatamente.