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Os sinais para as empresas se prepararem para o futuro dos negócios

O estudo Business Futures 2021, divulgado pela Accenture, indica que enquanto 88% das empresas finalmente enxergam com clareza os desafios a serem enfrentados hoje, apenas 6% conhecem suas habilidades a fundo para prever e responder às disrupções futuras. O levantamento, feito no intuito de ajudar os líderes a entenderem a nova realidade, identificou os sinais de mudança que estão remodelando as organizações e que serão importantes para que possam compreender e conduzir o sucesso atual e futuro. Veja abaixo a lista:

Aprenda com o futuro – Enxergar a mudança antes que aconteça

À medida que as companhias repensam suas formas de fazer negócios a fim de gerar crescimento, focar em dados históricos para advertir o futuro foi desafiado. Para tomar decisões mais rapidamente, muitas empresas utilizam novos conjuntos de dados e análises e inteligência artificial para identificar, responder e direcionar as mudanças de mercado e de consumo. O relatório constata que 77% das organizações aumentaram o uso de fontes internas e externas de dados em tempo real nos últimos 12 meses, mas apenas 38% relataram que as pessoas em toda a organização usam dados em tempo real e de forma consistente em suas rotinas de trabalho. Além disso, apenas 36% dos negócios têm um membro do C-suite responsável por esses esforços, enquanto apenas 43% encontram em suas equipes as habilidades necessárias para realizá-los.

Rumo à borda – Decentralizando a tomada de decisão

A crise global causou a fragmentação dos mercados e vimos o surgimento de regiões distintas com seus próprios sistemas de governança, modelos econômicos e normas culturais. Ao mesmo tempo, o comportamento dos consumidores vem mudando rapidamente, com diversos novos players para atender suas necessidades. E a resposta das empresas é empurrar o poder de tomada de decisão para as pessoas na margem das organizações, criando uma estrutura em rede capaz de agir de forma veloz e ágil. No momento em que as empresas deixam que suas “bordas” tomem a maior parte das decisões operacionais do dia a dia, suas sedes ficam livres para focar em decisões mais estratégicas. O levantamento também mostra que 91% das organizações estão dispostas e são capazes de operar cada vez mais como se fossem uma ampla federação de empresas para responder a ambientes de negócios cada vez mais fragmentados, enquanto 58% afirmam que seu modelo de negócios irá mudar ao longo do próximo ano.

Propósito construído – De foco no propósito para operação com propósito

As organizações reconhecem a necessidade de ter um propósito que beneficie seus stakeholders como um todo, mas existe uma lacuna crescente entre as intenções e os resultados. O paradoxo do propósito deixa claro os desafios enfrentados na construção da sustentabilidade em estruturar suas operações e no cumprimento dos compromissos assumidos para o benefício de todas as partes interessadas. De acordo com o estudo, 28% dos executivos afirmam não estar comprometidos diretamente com a entrega de valor a todos os stakeholders. Já para 48% das companhias, uma das maiores barreiras é encontrar o equilíbrio nos interesses comerciais. Todavia, há sinais de que a maré está começando a mudar, com as metas de sustentabilidade ganhando importância crescente em relação aos resultados. Apenas 24% dos líderes consideram reduzir seus investimentos nas iniciativas ambientais, sociais e de governança (ESG) em prol de oportunidades de ganhos.

Suprimento ilimitado – Rompendo as barreiras físicas da satisfação

Com a pandemia global, as empresas tiveram que tomar medidas drásticas para manter seus produtos em movimento, colocando as cadeias de suprimentos à prova como nunca. Para atender às crescentes expectativas dos clientes quanto ao atendimento de pedidos rápido, flexível, econômico, responsável e sustentável, as instituições estão quebrando os limites físicos de suas cadeias de suprimentos e movendo a produção para o ponto de demanda. De acordo com o estudo, 92% das organizações aumentaram ou planejam incrementar o uso de centros de micro-atendimento, enquanto 96% das organizações têm ou planejam criar cadeias de abastecimento regionais. Aqui o alinhamento em relação ao valor para os stakeholders também ganha importância, com 80% das empresas afirmando que as expectativas de seus clientes em relação à sustentabilidade aumentaram significativamente ao longo dos últimos 12 meses.

Virtualidades reais – Redefinindo nosso senso de realidade e espaço

À medida que os ambientes virtuais amadurecem, os mundos físico e virtual estão confundindo e redefinindo o senso de realidade e lugar, ao mesmo tempo que criam novas formas de as pessoas viverem, trabalharem, consumirem e socializarem. Depois de um ano de interação física limitada, as empresas estão aumentando suas apostas no virtual, com 88% das organizações aportando capital em tecnologias para a criação de ambientes virtuais e entre essas, 91% planejam aumentar ainda mais seus investimentos. Embora a tecnologia de realidade virtual (VR) disponível atualmente envolva principalmente os sentidos de visão e audição, com o tempo ela se tornará cada vez mais realista, atingindo todos os sentidos e criando uma conexão maior com o mundo físico.

O novo método científico – Cada empresa será uma empresa científica

Com a pandemia, a inovação científica ganhou mais destaque, ficando no topo da lista de prioridades das empresas. Enquanto na última década as empresas se tornaram digitais, ao longo dos próximos anos todas terão que se tornar científicas – e aplicar a ciência para enfrentar os desafios fundamentais do mundo. Trabalhar na convergência das novas fronteiras da ciência trará possibilidades radicais, mas apenas para as organizações capazes de aprimorar a forma de lidar com a inovação. Por fim, o estudo constatou que 83% das organizações concordam que abordar a inovação de forma científica é uma garantia adicional de sucesso e apenas 82% afirmam que investir em ciências além das fronteiras tradicionais de seus setores será decisivo para o sucesso.

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