Empresas assinaram acordo de confidencialidade com vigência de dois anos
A Petrobras informou nesta terça (6) que iniciou discussões com a Unigel para analisar negócios conjuntos nas áreas de fertilizantes, hidrogênio verde e projetos de baixo carbono.
As companhias assinaram acordo de confidencialidade (Non Disclosure Agreement) não vinculante com vigência de dois anos.
“Somente após a conclusão de análises técnicas por grupo multidisciplinar, eventuais projetos advindos do acordo terão estimativas oficiais de custo e retorno, necessárias para futuramente serem apreciados pelas instâncias de aprovação interna, de acordo com a governança da Companhia”, divulgou a Petrobras em nota.
Segundo a petroleira, empreendimentos nesta linha vão ao encontro do Plano Estratégico 2024-2028, que propõe alocação de uma faixa de investimentos (capex) de 6% a 15% em projetos de baixo carbono. A revisão do plano foi divulgada no final de maio.
Fundada em 1966, a Unigel está estrategicamente localizada no Brasil, nos estados da Bahia, Sergipe e São Paulo, e no México. Empresa fornece insumos fundamentais para a fabricação de produtos finais nos mercados de eletrodomésticos e eletrônicos, automotivo, tintas e revestimentos, construção civil, papel e celulose, embalagens, saúde e beleza, têxtil, mineração e agricultura.
Hidrogênio da Unigel
Em janeiro deste ano, a Unigel anunciou a ampliação de seu projeto de produção em escala industrial de hidrogênio e amônia verdes, na Bahia. São estimados investimentos de US$ 1,5 bilhão na planta até 2027. Na época, a empresa afirmou cogitar a abertura de seu capital na Bolsa para financiar parte dos recursos.
A fábrica será construída no Polo Petroquímico de Camaçari (BA) em três fases – que, ao fim, totalizarão 100 mil toneladas anuais de hidrogênio verde e 600 mil toneladas/ano de amônia verde.
A primeira etapa foi divulgada em 2022, contemplando investimentos de US$ 120 milhões e capacidade de produção de 10 mil toneladas por ano de hidrogênio verde e de 60 mil toneladas por ano de amônia verde. A previsão é iniciar as operações do ativo ainda este ano.
Mais duas fases estão planejadas, agora: o plano é chegar em 2025 com uma capacidade de 40 mil toneladas/ano de H2V e 240 mil toneladas/ano de amônia; e atingir a capacidade plena do projeto em 2027.
que MONEY REPORT publicou
- Petrobras investe R$ 45 mi em produtos de origem renovável
- Petrobras pedirá reconsideração de licença na foz do Amazonas
- Petróleo na foz do Amazonas: presidente do Ibama diz não caber acerto político
- Lula defende exploração de petróleo na região amazônica
- Aumento do calado na foz do Amazonas é teste para facilitar exportações