Companhia espera que fornecedores tenham seus créditos quitados integralmente após a homologação da proposta
A varejista Americanas protocolou nesta segunda-feira (20), na 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, seu Plano de Recuperação Judicial (PRJ). O documento propõe a manutenção do negócio com o equacionamento da nova estrutura de capital. A companhia prevê um aporte de R$ 10 bilhões, e a venda de ativos como o Hortifruti Natural da Terra, a participação no Grupo UniCo, dono das marcas Imaginarium e Puket; além de sua aeronave.
Os credores das classes 1 e 4 (de natureza trabalhista e micro e pequenas empresas) foram excluídos da recuperação judicial. Os da classe 3, com dívida de até R$ 12 mil ou mais que aceitem o mesmo montante em troca da quitação integral dos créditos, serão integralmente pagos após homologação do plano.
No caso dos credores financeiros, a proposta da Americanas prevê recompra de dívida por parte da companhia através de leilão reverso e também compra direta, além da conversão de dívidas financeiras, parte em capital e outra em dívidas repactuadas. Com isso, a empresa estima reduzir significativamente sua dívida, levando a alavancagem para níveis saudáveis.
“O plano de recuperação apresentado é consistente e já conta, na largada, com R$ 1 bilhão dos acionistas de referência, por meio do financiamento DIP já realizado. A proposta de capitalização com novos recursos e a conversão de dívida de grandes bancos credores, o pagamento de credores colaboradores sem haircut e um recovery médio acima de 50% para credores financeiros complementam o plano e lhe conferem a característica de ser um dos mais equilibrados do mercado já na partida. Nós seguimos em discussões construtivas com cada grupo de credores para chegar a um denominador comum”, explicou Camille Faria, CFO da Americanas.
Leia na íntegra o fato relevante com o plano de recuperação judicial da Americanas: