Baterias de silício-carbono da Group14 prometem o mesmo alcance das atuais de grafite, mas com custo, pesos e volume reduzidos
A startup de baterias de veículos elétricos Group14 levantou US$ 400 milhões de um grupo de investidores liderado pela alemã Porsche, informou a empresa na quarta-feira (4). Parte desse dinheiro, que eleva a avaliação do Group14 para mais de US$ 1 bilhão, será usado para construir uma segunda fábrica de materiais para baterias no leste do estado de Washington, a poucas horas da empresa em Woodinville, nos arredores de Seattle, relatou o CEO Rick Luebbe.
Menos custo
O executivo descreveu o material de ânodo de silício-carbono da empresa como “tecnologia transformacional” que permitirá que as baterias de veículos elétricos carreguem mais rapidamente e retenham mais energia do que aquelas que usam grafite.
A maioria das baterias de íons de lítio nos EVs atuais usa ânodos de grafite, que vem principalmente da China, com quantidades menores do Canadá e do Japão. Como o material de ânodo de silício-carbono do Group14 permite que as baterias de íons de lítio retenham até 50% mais energia, Luebbe informou que elas podem fornecer o mesmo alcance que as baterias atuais à base de grafite, mas com menos células, reduzindo assim o custo geral e o tamanho do bateria.
Luebbe informou que o Group14 fornecerá materiais de bateria para a Cellforce, afiliada da Porsche. Ela também tem um acordo de fornecimento existente com outro fabricante europeu de baterias, a InoBat. As primeiras baterias EV a usar o material de anodo do Group14 entrarão em produção em 2023, mas Luebbe se recusou a identificar o fabricante.