Um estudo da Federação Internacional de Robótica (FIR) realizado em 44 países mostra que o Brasil ocupa a 39ª posição no ranking das nações que mais utilizam tecnologia. Entre outros impactos perversos, a falta de inovação afeta diretamente a competitividade do país. No Brasil, são necessários quatro trabalhadores para produzir o equivalente ao que um americano faz.
Segundo Marcelo Prim, gerente-executivo de Inovação e Tecnologia do Senai, o Brasil chegou ao limite após décadas de falta de investimento na área. “Ou fazemos alguma coisa ou seremos dissolvidos pela entrada de produtos e tecnologias importados”, diz o gerente-executivo do SENAI.
O déficit nacional é resultado de inúmeros fatores. Para Gianna Sagazio, diretora de Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a falta de mão de obra qualificada, o contingenciamento de recursos por parte do poder público e a inexistência de um marco regulatório que apoie as empresas a inovar são obstáculos que precisam ser superados.
A CNI mensurou o tamanho do problema. Entre 759 empresas pesquisadas, apenas 1,6% têm sistemas integrados e fábricas com processos de produção automatizados. “Esses números mostram a realidade da indústria nacional”, diz Gianna. Segundo a executiva, a mudança deve começar pela educação. “Sempre me deparo com líderes de grandes empresas que possuem vagas abertas, mas que não encontram profissionais qualificados para preenchê-las.”