COO da rede social, Rose Wang tem pela frente o desafio de abrigar os milhões de brasileiros que migraram à plataforma após o bloqueio do X
A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de bloquear no Brasil o X, rede social que pertence a Elon Musk, desencadeou uma migração digital em massa de brasileiros para outros serviços. Em meio a esse cenário, a Bluesky, uma plataforma emergente, criada pelo fundador do Twitter, viu sua base de usuários crescer de forma explosiva, ganhando dois milhões de novos perfis em menos de uma semana, superando Threads, da Meta, em downloads.
Em entrevista à Exame, Rose Wang, COO da Bluesky, descreveu o desembarque verde e amarelo como surpreendente, e reforçou o interesse da empresa em acolher essa nova comunidade e garantir a sua longevidade dentro da plataforma. “Estamos muito animados por tê-los aqui e prontos para entregar novas funcionalidades, como vídeos e trending topics,” afirmou.
Além de adicionar novos recursos, a Bluesky também focará em manter um ambiente seguro e colaborativo, especialmente em tempos politicamente complexos. Wang ressaltou que a plataforma está comprometida com a moderação de conteúdo sem comprometer a liberdade de expressão, utilizando um sistema em que os próprios usuários podem ajudar a moderar o ambiente, garantindo a integridade das informações.
Enquanto a Bluesky se adapta rapidamente às novas demandas, a empresa também busca garantir a conformidade regulatória no Brasil, mantendo diálogo com especialistas jurídicos locais. Wang enfatiza a importância de um relacionamento próximo com a comunidade brasileira e o desejo de transformar essa conexão em um diferencial da plataforma. “Queremos garantir que a experiência dos brasileiros aqui seja excepcional”, declarou.