Níveis de produtividade da companhia foram recordes, acima da média nacional
A produtora de commodities agrícolas SLC reportou ao mercado um lucro líquido de R$ 938 milhões em 2023, atingindo uma margem líquida de 13%. A receita líquida da companhia foi de R$ 7,2 bilhões, queda de 1,9% em relação ao ano anterior. O ebitda ajustado foi de R$ 2,7 bilhões, com uma margem ebitda ajustada de 37,5% e uma geração de caixa livre de R$ 429 milhões.
De acordo com a companhia, a geração de caixa foi impactada pelo atraso no embarque do algodão – na safra 2022/23, 101 mil toneladas foram embarcadas em 2023 e resta um saldo de 226 mil toneladas a serem embarcadas em 2024 -, além da compra de 12 mil hectares de terras da Fazenda Paysandu (cujo desembolso no ano foi de R$ 290 milhões).
A produção de soja ficou apenas 1,8% abaixo à verificada no ano anterior, com 3.904 kg/ha, em linha com o projetado. Ainda assim, a companhia se manteve 11,3% acima da média produzida no Brasil, de acordo com dados da Conab de fevereiro deste ano.
Já a produção de algodão e milho (segunda safra) foram recordes e superiores à média nacional. A produção do algodão em pluma primeira safra atingiu 2.000 kg/ha, ficando 3,8% superior ao que havia sido projetado e 18,9% acima do que foi produzido na safra anterior. O algodão em pluma segunda safra encerrou o período com uma produtividade de 2.037 kg/ha, 10,8% superior ao projetado e 56,1% a mais do verificado na safra 2021/22. A média de produtividade da SLC Agrícola em algodão em pluma primeira safra e segunda safra foi 5,8% superior à média do mercado brasileiro. A produtividade do milho segunda safra foi recorde, com uma produtividade de 7.708 kg/ha, 29,5% superior à média verificada no país.
“Na safra 2022/23 os níveis de produtividade da SLC foram excelentes, mesmo com redução de 20% na aplicação de fertilizantes (cloreto de potássio e fosfatados). A soja teve uma excelente performance, próxima ao nosso recorde e o algodão e o milho tiverem produtividades recordes para a companhia”, destacou o diretor presidente da SLC, Aurélio Pavinato.
Os custos por hectare na safra 2022/23 tiveram redução média de 0,9% na comparação ao que havia sido orçado. Isso ocorreu em função do impacto da queda do preço da saca da soja nos arrendamentos e da redução da aplicação de insumos – possibilitada pelo incremento de novas tecnologias de aplicações localizadas. As produtividades superiores repercutiram positivamente no custo unitário por cultura, considerando algodão primeira safra com redução de 2,4%, algodão segunda safra 6,5%, soja 4,3% e milho 2,3%.