Fruto da fusão entre a Fiat Chrysler e a PSA, dona da Peugeot e da Citröen, a Stellantis estreou, nesta terça-feira (19), na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE, na sigla em inglês) com uma valorização de 10%, seguindo a introdução das ações do grupo nos mercados de Roma e Paris, na segunda-feira (18). De saída, a empresa colocará no mercado 29 veículos híbridos e, até o final do ano, pretende chegar a 39, alguns completamente elétricos. É uma meta ambiciosa, mas supostamente o único caminho para a recolocação do grupo, que reúne sob o mesmo guarda-chuva 14 marcas: pela FCA, Fiat, Chrysler, Maserati, Jeep, Abarth, Alfa Romeo, Lancia, Dodge e Ram; pela PSA, Peugeot, Citroën, Opel, Vauxhall e DSA.
Em sua primeira coletiva de imprensa como CEO da Stellantis, Carlos Tavares (imagem) afirmou que nenhuma das fábricas será fechada, pois a fusão visa mais proteger as marcas durante o processo de mudança para a motorização elétrica e direção automatizada, o que vai demorar, será custoso e seguirá em diferentes ritmos, de acordo com as características de cada mercado. “A escala atingida funcionará como proteção para o aumento dos custos [de transformação dos veículos]”, afirmou.
Tavares comentou que pretende criar um grupo para examinar o que “deu errado” na operação da Fiat Chrysler (FCA) e PSA na China. A fusão que criou formalmente a Stellantis foi concluída no sábado (16). No Brasil, o grupo tem unidades da Fiat Chrysler em Betim (MG) e Goiana (PE) e uma da Peugeot e Citröen em Porto Real (RJ).