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TCU é questionado sobre contrato de US$ 3 bi da Petrobras

Anapetro e FUP apontaram suspeitas de irregularidades e que a estatal omitiu análises do próprio tribunal

A pressa da Petrobras em fechar negócios a poucos dias das eleições resultou em uma nova denúncia junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) por parte da Federação Única dos Petroleiros (FUP). A entidade aponta irregularidades na assinatura do contrato da estatal com o estaleiro Keppel, de Cingapura, para a construção da plataforma de produção em alto-mar P-83, que operaria no Campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. O contrato foi fechado em 15 de agosto e a falta de transparência desde o início levanta suspeitas.

Segundo a FUP, o valor foi mantido em sigilo e análises do TCU foram omitidas pela estatal. No final de agosto, a entidade entrou com uma denúncia em conjunto com a Associação Nacional de Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) sobre possíveis irregularidades nas contratações das plataformas P-80, P82 e P-83, todas vencidas pelo grupo Keppel-Sembcorp, da qual o estaleiro vencedor faz parte e levou tudo. O detalhe é que a concorrência só atraiu dois interessados em um momento que uma oportunidade desse tamanho deveria se mostrar mais interessante. A Keppel venceu o estaleiro Sembcorp Marine. O problema é que desde abril do ano passado as empresas integram o mesmo grupo.

“A Petrobras segue uma maratona contra o tempo, a poucos dias das eleições, firmando contratos bilionários para construção de plataformas na Ásia, em detrimento da indústria nacional, e com empresa que burla regras de licitação”, criticou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, que deseja saber o que levou a empresa a fechar negócio com tal preço e sob qual justificativa, apesar do segundo contrato (P-82) ter recebido um desconto de 4,2% em relação ao custo da P-80 (US$ 2,92 bilhões). Já a parceira Sembcorp propôs US$ 3,60 bi. 

A P-83 será uma das maiores plataformas do Brasil e deve operar a partir de 2027, com capacidade de produção de até 225 mil barris/dia de petróleo e 12 milhões de metros cúbicos diários de gás. O contrato é estimado em torno dos mesmos US$ 2,8 bilhões da P-82.

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