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Vendas da Nike caem 10% no trimestre

Gigante dos artigos esportivo enfrenta desaceleração global e transição de liderança

A Nike registrou uma queda de 10% nas vendas no trimestre encerrado em agosto, com uma receita de US$ 11,6 bilhões (R$ 63 bilhões), em comparação ao mesmo período de 2023. O lucro líquido também sofreu uma retração de 28%, chegando a US$ 1,1 bilhão (R$ 5,97 bilhões). Os resultados refletem um período desafiador para a gigante dos artigos esportivos, que enfrenta uma desaceleração nas vendas globais. As informações são do Financial Times.

A empresa está em plena transição de liderança, com o CEO John Donahoe, que ocupou o cargo por mais de quatro anos, prestes a se aposentar. Donahoe será substituído por Elliott Hill, veterano da Nike, que retorna à empresa após sua aposentadoria em 2020. A troca de comando ocorre em um momento estratégico delicado, com a empresa buscando retomar sua competitividade no mercado e se adaptar às novas demandas do varejo esportivo.

Nos últimos meses, a Nike tem lutado para reconquistar a relevância no setor de calçados esportivos, que continua a crescer. Em resposta, a empresa lançou uma série de novas iniciativas. Matthew Friend, diretor financeiro da Nike, reconheceu que a recuperação será gradual, mas destacou sinais de progresso, como o crescimento em esportes-chave e a aceleração no lançamento de produtos inovadores.

Apesar dos esforços, os resultados ficaram abaixo das expectativas dos analistas. O mercado previa um lucro de US$ 786 milhões (R$ 4,27 bilhões) e uma receita de US$ 11,7 bilhões (R$ 63,6 bilhões) para o trimestre, números que a Nike não conseguiu atingir. Isso fez com que as ações da empresa recuassem 1,6% no pregão após o fechamento, sendo cotadas a US$ 87 (R$ 472). No acumulado de 2024, os papéis da Nike caíram cerca de 18%, em contraste com a alta de mais de 20% do índice S&P 500.

Desafios e ajustes estratégicos

Além das dificuldades nas vendas, a Nike sofreu um revés importante no relacionamento com a Major League Baseball (MLB). A liga, que recentemente adotou novos uniformes fornecidos pela Nike, decidiu voltar a usar os modelos e tecidos anteriores após críticas de jogadores e fãs quanto ao design das novas peças. A empresa continuará a fornecer os uniformes, mas com ajustes que atendam melhor às expectativas dos atletas e torcedores.

A nomeação de Elliott Hill para a liderança traz esperanças de mudanças estratégicas na empresa. Hill iniciou sua carreira na Nike como estagiário e construiu uma longa trajetória até ocupar cargos de liderança antes de sua aposentadoria. Ele reassumirá suas funções em 14 de outubro, e sua volta foi bem recebida tanto internamente quanto no mercado, com as ações da Nike subindo 6% após o anúncio.

Apesar do otimismo inicial, analistas alertam que os efeitos da nova gestão podem levar meses para se refletir nos resultados da companhia. Como parte desse processo de transição, a Nike adiou indefinidamente um dia para investidores, que estava previsto para novembro, sem divulgar uma nova data até que a nova liderança se estabilize.

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