O Congresso discute uma quarentena de cinco anos para quem atuou em determinadas carreiras antes de se candidatar a cargos eletivos. Os ex-juízes de ex-membros do Ministério Público, por exemplo, seriam afetados pela medida, inserida dentro do novo Código Eleitoral. Por isso, muitos admiradores do ex-juiz Sérgio Moro acham que essa seria uma estocada dirigida a ele, com o propósito de afastá-lo da campanha presidencial.
Ocorre que Moro, depois que se tornou persona non grata junto aos governistas, tem chances diminutas em um eventual segundo turno. Ele já não tinha apoio da esquerda por ter sido autor do processo que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à prisão (devidamente anulado pelo Supremo Tribunal Federal). Com sua saída estrondosa do governo, tornou-se um alvo dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
Quais seriam suas chances com uma rejeição total por parte de lulistas e bolsonaristas? Juntos, esses grupos podem ultrapassar 50 % do eleitorado.