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“A velha política quer seguir com o espetáculo”, diz cientista político

A incerteza no quadro de presidenciáveis impacta no cenário para a escolha do próximo Congresso Nacional. Para Maurício Santoro, cientista político e professor do Departamento de Relações Internacionais da UERJ, a definição do presidente acaba estimulando o voto nos seus deputados. Em entrevista a MONEY REPORT, ele afirmou que o descontentamento com a classe política não é exclusividade do eleitor brasileiro. “Todos esses debates e mal-estar que estamos passando é universal. As pessoas não estão satisfeitas. Vivemos uma crise democrática no mundo inteiro”. Confira a íntegra da entrevista com Maurício Santoro:

 

O que podemos esperar do próximo Congresso eleito?
Depois das grandes mobilizações de 2013, o que vimos nas eleições seguintes foi uma fragmentação, com o crescimento de partidos pequenos, sem o surgimento de novos líderes. As pessoas estão desapontadas, por isso existe um sentimento forte de renovação. No entanto, é difícil mudar. Não basta o sentimento sem o comprometimento dos partidos em apostar em novas candidaturas.

 

Os novos movimentos que estão surgindo serão capazes de promover essa renovação?
São sementes interessantes, talvez seja a melhor novidade que surgiu na política brasileira. São movimentos sociais que não estão ligados a partidos, mas querem influenciar na escolha do eleitor. Eles estão esbarrando na dificuldade dos partidos em aceitar essa ascendência.

 

Estamos vivendo então um encontro entre a velha política e a nova política?
Esses movimentos precisam de um salto, de serem abraçados pelos grandes partidos, que por outro lado não estão aceitando a ideia de que precisam se modificar. A velha política acredita que pode seguir com o espetáculo como se nada tivesse mudado no Brasil. A cúpula dos partidos relutam em mudar e agem como se nada tivesse acontecido.

 

Qual será a importância da internet na campanha deste ano?
Vai ser uma campanha tensa e polarizada que favorece a divulgação de conteúdo falso. A internet ainda não é suficiente para o candidato na eleição presidencial. O tempo na TV segue mais importante. Mas, no legislativo, será possível fazer uma campanha baseada nas redes sociais. Então existe uma preocupação com a disseminação de notícias falsas e robôs.

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