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Apagão em SP entra no 4º dia com 340 mil imóveis sem luz

Pressionada por Prefeitura, Estado e Congresso, Enel prometeu restabelecer energia até quinta-feira (17)

No quarto dia após o temporal que atingiu a região metropolitana de São Paulo, aproximadamente 340 mil imóveis permanecem sem energia elétrica. Segundo a Enel, a situação é crítica e afeta diversos serviços essenciais. Até a noite desta segunda-feira (14), a concessionária não detalhou a distribuição dos clientes sem energia entre a capital e outras cidades da região.

O temporal, ocorrido na sexta-feira (11) causou grandes danos à infraestrutura elétrica e resultou na morte de sete pessoas em São Paulo e em municípios do interior. De acordo com a Defesa Civil, entre as vítimas estão moradores de Bauru, São Paulo, Diadema e Cotia, atingidos por quedas de muros e árvores.

A Prefeitura de São Paulo relatou 386 ocorrências de quedas de árvores na cidade. Destas, 75 ainda aguardam a intervenção da Enel para que as equipes municipais possam iniciar a remoção. Além disso, a Secretaria Estadual de Educação informou que 150 escolas foram afetadas, com 68 delas ainda sem energia elétrica. O impacto levou ao cancelamento das aulas nesta terça-feira, 15, em razão do Dia do Professor, com previsão de retomada na quarta-feira, 16, nas unidades onde o fornecimento for restabelecido.

Em acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Enel comprometeu-se a restabelecer a energia para todos os clientes em até três dias. Para garantir que o cronograma seja cumprido, a concessionária mobilizou uma força-tarefa, que conta com o apoio de outras empresas do setor elétrico, incluindo CPFL, EDP e Light. O volume de profissionais envolvidos na operação foi ampliado de 1.400 para 2.900, com o apoio de mais de 200 caminhões.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou a Enel pela falta de transparência sobre o prazo de normalização dos serviços. Em coletiva realizada em São Paulo, ele afirmou que a empresa cometeu erros ao não fornecer uma previsão exata à população e ressaltou que espera que os casos mais graves sejam resolvidos dentro de três dias.

Para auxiliar no atendimento a clientes com necessidades urgentes, como hospitais, a Enel disponibilizou 500 geradores, sendo 40 de grande porte, e utiliza helicópteros para monitorar as linhas de transmissão. A concessionária também recomendou o uso de canais alternativos para contato, como SMS, site e WhatsApp, devido ao aumento na demanda por atendimento.

A falta de energia elétrica afeta também o abastecimento de água em várias áreas da Grande São Paulo. Segundo a Sabesp, a interrupção de energia compromete o funcionamento de estações elevatórias e boosters, prejudicando a distribuição de água. Entre as regiões afetadas estão bairros da capital, como Americanópolis, Capão Redondo e Jardim Peri, e municípios da Grande São Paulo, como Cotia, Santo André, Embu das Artes e Mauá.

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