Post enganoso afirmou que as metralhadoras que sumiram do arsenal de Barueri (SP) teriam sido enviadas aos extremistas palestinos
Circulou nas redes sociais uma postagem que sugere que as 21 armas pesadas furtadas do Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri (SP), foram contrabandeadas para o grupo extremista palestino Hamas, que controla ditatorialmente a Faixa de Gaza e disparou atentados em série contra Israel a partir de 7 de outubro, vitimando milhares de civis de ambos os lados. No entanto, a afirmação é falsa, propositalmente confusa e sequer se mantém diante de um olhar mais cuidadoso. Por isso, foi escolhida a Fake News da Semana de MR. O caso também foi denunciado pelo UOL (abaixo). Logo depois, os vídeos conspiratórios foram removidos.
Publicado em 15 de outubro, neles é dito que o Exército investiga o sumiço de metralhadoras pesadas (o que é correto), o que foi identificado em 10 de outubro. A seguir e sem conexão, informa que o ministro da relações exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, esteve reunido com o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, no Catar, em 14 de outubro, dia em que o presidente Lula conversou com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas (o que é correto).
É aí que está a malícia desinformativa. Hamas é uma coisa, ANP, outra. Ambos são adversários. O Hamas tomou o poder em Gaza após um conflito com a Autoridade Palestina, em 2007, que por sua vez tem controle parcial de trechos da Cisjordânia ocupada por Israel. Com essa suposta ligação derrubada, é preciso lembrar que o presidente brasileiro conversou dois dias antes, em 12 de outubro, também com o presidente de Israel, Isaac Herzog. De acordo com os fatos, não há nexo sugerível – tampouco comprovável – entre algum nível de governo brasileiro, o roubo das armas e sua entrega ao Hamas.
O que se sabe é que as polícias do Rio e de São Paulo recuperaram, até quinta-feira (26), 17 das 21 metralhadoras roubadas. Segundo o Exército e os órgãos de segurança, são armamentos de tiro automático para apoio de fogo de infantaria ou véiculos nos calibres 7,62 milímetros (oito delas) e 12mm (13 unidades) que seriam vendidas para facções criminosas. Por sua vez, o Hamas usa equipamentos até mais pesados e de mais fácil obtenção em grandes quantidades nos países vizinhos. Geralmente são fuzis, metralhadoras, lança-foguetes e mísseis de origem russa, chinesa ou iraniana.
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