“Pets comidos por imigrantes”, “Venezuela com anabolizantes” e referências a Hannibal Lecter marcaram os ataques entre os candidatos à presidência dos EUA
Na noite de terça-feira (10), a Filadélfia, na Pensilvânia, foi palco de um intenso debate da corrida presidencial de 2024 entre a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump. A disputa, que ocorre a menos de dois meses da eleição, foi marcada por uma série de ataques diretos e frases provocativas de ambos os lados. Com a disputa acirrada, os eleitores ficaram atentos ao que os candidatos tinham a dizer, principalmente sobre imigração, política externa e economia.
Pets comidos por imigrantes
Entre as frases que mais chamaram atenção, Trump trouxe uma narrativa controversa sobre imigração ao afirmar que “imigrantes estão comendo os pets dos moradores de Springfield, Ohio”. Essa afirmação, desmentida logo após pelo mediador do debate, gerou perplexidade e foi um dos momentos mais comentados da noite.
Nova Venezuela
Outro destaque foi a crítica de Trump à política externa de Kamala, onde ele afirmou que, caso ela seja eleita, “os Estados Unidos se tornarão uma Venezuela com anabolizantes”. Trump procurou posicionar a adversária como uma ameaça ao sucesso econômico do país, vinculando-a a um futuro sombrio.
Hannibal Lecter
Kamala, por sua vez, usou o sarcasmo para ironizar os comícios de Trump, referindo-se a eles como um “show exaustivo” em que o público escuta “sobre personagens ficcionais, como Hannibal Lecter, e moinhos de vento causando câncer”, uma crítica afiada ao estilo extravagante e às teorias infundadas que, segundo ela, permeiam os discursos do ex-presidente.
Virando almoço
O debate também abordou questões sobre política internacional, quando Kamala comentou que Trump resolveria a guerra na Ucrânia “em 24 horas”, mas apenas porque ele “desistiria rapidamente”, sugerindo que o ex-presidente teria uma postura submissa diante de líderes como Vladimir Putin, a quem, segundo ela, “comeria no almoço”.
Israel
Já Trump disse que Kamala Harris odeia Israel. Segundo ele, se ela for eleita presidente, Israel deixará de existir em dois anos.
“Ela odeia a população árabe. O lugar inteiro vai explodir. Árabes, povo judeu, Israel.”
Aborto
Kamala Harris também disse que Donald Trump escolheu membros da Suprema Corte para banir o aborto nos Estados Unidos. Ela prometeu restaurar uma lei para garantir o direito às mulheres.
“O governo e certamente Trump não devem dizer o que as mulheres devem fazer com seus corpos”, disse. “Se Trump for reeleito, ele vai assinar um banimento nacional ao aborto. Em seu Projeto 2025, haveria um monitoramento de gravidez.”
Boné do ‘MAGA’
Trump criticou as políticas econômicas da gestão Biden e afirmou que o plano de governo dela seria desastroso.
“Ela não tem política econômica. Tudo que ela acreditava há quatro anos foi pelo ralo. Eu ia mandar um boné MAGA para ela. Ela é uma marxista, todo mundo sabe isso. O pai dela era um professor marxista e a ensinou muito bem”, disse Trump.
Kamala odiada
Não faltaram também ataques pessoais. Trump afirmou que Joe Biden “odeia Kamala Harris” e que ela foi “forçada” a entrar na corrida presidencial, enquanto Kamala respondeu lembrando que Trump estava competindo “contra ela, e não contra Biden”, em uma tentativa de reafirmar sua presença e autoridade na campanha.
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