O ministro da Defesa, general de exército da reserva Fernando Azevedo e Silva (imagem), anunciou nesta segunda-feira (29) que deixará o cargo por meio de nota oficial. O motivo da decisão não foi informado e não foi antecipado ao Planalto, mas Azevedo e Silva teria sido demitido por Bolsonaro em uma reunião de cinco minutos. Ele ocupava o cargo desde 2019 e é a segunda baixa no ministério desde o final desta manhã. Antes foi vez do chanceler Ernesto Araújo. Na semana anterior, saiu o general de divisão da ativa Eduardo Pazuello, que estava na Saúde.
A motivação seria a pressão do Planalto para que as Forças Armadas se mostrem publicamente mais favoráveis ao governo. O teor do comunicado deixa pistas. “Preservei as Forças Armadas como instituições de Estado”, escreveu Azevedo e Silva.
Nota Oficial
Agradeço ao Presidente da República, a quem dediquei total lealdade ao longo desses mais de dois anos, a oportunidade de ter servido ao País, como Ministro de Estado da Defesa.
Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado.
O meu reconhecimento e gratidão aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, e suas respectivas forças, que nunca mediram esforços para atender às necessidades e emergências da população brasileira.
Saio na certeza da missão cumprida.
Fernando Azevedo e Silva