A falta de chuvas leva as hidrelétricas a perderem volume em seus reservatórios. O potencial problema preocupa o governo federal, que montou uma sala de situação sobre condições hidrológicas e gestão energética. Na quinta-feira (13), na primeira reunião da equipe, foram debatidas ações para preservar o reservatórios, sem prejudicar o abastecimento de energia no país.A expectativa é que um plano de ação seja apresentado nos próximos dias.
O grupo foi criado após um alerta do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e de outros órgãos ligados ao Ministério de Minas e Energia (MME). De acordo com o MME, foram discutidas medidas para maximizar a geração das usinas termelétricas e de outras fontes de energia, permitindo estocar mais água nas represas das hidrelétricas.
Entre setembro de 2020 e abril de 2021, foi registrado o menor volume histórico de água nos reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que concentram 70% da capacidade de armazenamento do país.
Com o término do período chuvoso no Sudeste e no Centro-Oeste e com os baixos volumes armazenados, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) ressaltou a necessidade de “ações mais vigorosas”. Em abril, o volume desses reservatórios alcançou o menor nível verificado para o mês desde 2015. Além disso, também foi registrado um volume de chuvas abaixo da média histórica nas bacias hidrográficas do Sul, Nordeste e Norte.
Na semana passada, o CMSE ampliou as medidas emergenciais adotadas para atendimento ao Sistema Interligado Nacional (SIN), entre as quais a geração termelétrica fora da ordem de mérito e a importação de energia da Argentina ou do Uruguai, sem limitação de quantidade e preços, “desde que seja alocável na carga e respeitadas as restrições operativas, e de forma a minimizar o custo operacional total do sistema elétrico.”
(Agência Brasil)