O presidente Jair Bolsonaro deu o sinal e a bancada evangélica começou a articulação para derrubar o veto ao trecho do projeto aprovado pelo Congresso que concedia o perdão a dívidas tributárias de igrejas e templos religiosos. Os débitos com a Receita Federal somam R$ 889 milhões. Ao Estadão, o deputado federal Silas Câmara (Republicanos-AM), líder dos evangélicos na Câmara, indicou que a bancada já teria maioria para reverter a decisão do presidente. “Vamos definir a nossa estratégia, mas o sentimento geral é de derrubar o veto”, declarou. Ao ser orientado pela equipe econômica e barrar a anistia das multas aplicadas pelo não pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Bolsonaro argumentou que a iniciativa poderia provocar implicações jurídicas e orçamentárias. Silas Câmara minimizou a justificativa. “Todas as autoridades da área jurídica e tributária do país, que não são empregados do governo, disseram que a matéria era constitucional e justa. Não estamos pedindo nenhum tipo de privilégio. Só que tornassem sem efeito as multas inconstitucionais que foram feitas contra as igreja”, afirmou.