O ministro Nunes Marques, do STF, atendeu a um pedido de habeas corpus de Wilson Witzel e desobrigou o ex-governador do Rio de Janeiro a comparecer à CPI da Pandemia nesta quarta-feira (16). Marques também definiu que, caso Witzel decida depor, ele poderá ficar calado e não precisa prestar juramento de dizer a verdade. Mesmo com a liminar, o ex-gestor estadual indicou que estará à disposição para ser inquirido pelos senadores. Destituído do cargo no final de abril, Witzel terá um importante palco político para se defender das denúncias de que teria se beneficiado de um esquema de corrupção na área da Saúde – turbinado por recursos que seriam destinados ao enfrentamento da crise sanitária. O ex-governador poderá se calar quando o assunto envolver os processos contra ele, mas certamente partirá para o ataque e deve insistir no discurso de perseguição.