Ao todo, 78 empresas estão habilitadas para participar da disputa executada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP)
Acontece nesta quarta-feira (13) o leilão do 3º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão, executado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Serão ofertados 379 blocos de 14 áreas de bacias marítimas e terrestres. Esta é uma nova rodada para concessão de contratos de exploração ou reabilitação e produção de petróleo e gás natural localizados em dez Estados: Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Ceará, Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Ao todo, 78 empresas estão habilitadas para participar da disputa. O número de blocos com interessados só será conhecido durante o leilão, quando as empresas ou consórcios poderão fazer suas ofertas. Pelas regras do leilão, vence a disputa por cada bloco a empresa ou consórcio que oferecer o maior bônus de assinatura, combinado com a melhor proposta de programa exploratório mínimo (atividades previstas durante a primeira fase de exploração).
Protestos
Organizações do terceiro setor questionam o leilão da ANP e afirmam que diversas áreas ignoram unidades de conservação em suas proximidades, além de situações com impacto a povos tradicionais. Ativistas e representantes da sociedade civil também farão um protesto nesta quarta-feira (13), no Rio de Janeiro. A mobilização tenta barrar o processo de concessão, que os ambientalistas apelidaram de “mega liquidação do petróleo”. O ato chama a atenção da sociedade para a emergência climática que exige o fim da extração e de novos projetos de exploração de petróleo e gás. Os ativistas afirmam que o governo não tem planos para um futuro sem combustíveis fósseis e não está colocando em prática a meta que propôs às nações unidas de atingir emissões zero até 2050.