Manifestações contrárias ao resultado das eleições, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente da República
Rodovias de Mato Grosso, Rondônia e Paraná ainda têm bloqueios causados por protestos bolsonaristas na tarde desta segunda-feira (21). Mato Grosso lidera o número de interdições: são 11 em rodovias federais do estado, quatro delas com interrupção total do fluxo. Dois caminhões foram incendiados hoje de manhã em meio a atos na BR-163 na altura de Sinop, no interior de Mato Grosso.
Em Rondônia, há oito pontos de bloqueios. Na BR-277, no Paraná, ao meio-dia, havia 13 quilômetros de fila próximo ao Porto de Paranaguá. Os manifestantes bloquearam completamente a pista.
Minas Gerais chegou a ter uma manifestação no início da manhã no km 485 da BR-381, perto de Betim, mas as pistas foram liberadas. Os dados são da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de cada estado.
Os atos de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) voltaram a ganhar força na semana passada. Na noite de sábado (19), havia 29 bloqueios no país – oito deles, totais. Segundo a PRF, foram desfeitas 1.236 interdições desde o fim da disputa eleitoral, quando os manifestantes começaram a protestar contra o resultado das urnas, que deu vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Atualmente, também há grupos bolsonaristas acampados em frente a quartéis do país.
Veja a última atualização sobre os bloqueios:
Veja a última atualização da Polícia Rodoviária Federal sobre o total de manifestações desfeitas nas rodovias federais do Brasil.
Veja a última atualização sobre os bloqueios nas estradas do Mato Grosso:
Vai ter greve dos caminhoneiros?
A resposta é não. Os protestos em estradas brasileiras começaram a ser realizados após o anúncio o resultado das eleições 2022, promovidas por manifestantes pró-Bolsonaro, incluindo caminhoneiros, que não aceitaram o resultado do pleito.
Desde a primeira semana de novembro, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que 1156 manifestações foram desfeitas.
Nas mensagens falsas que circulam nas redes sociais, a palavra “greve” é utilizada para impactar e gerar pânico, uma vez que a população brasileira já passou por uma greve da categoria e sofreu fortes impactos.
A última greve dos caminhoneiros, ocorrida em 2018, estava relacionada com o preço do diesel e outras condições que diretamente atrapalhavam todos os trabalhadores da área.
Sobre a informação da suposta greve, o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotivos (Abrava), Wallace Landim (conhecido como Chorão), afirmou ao Estadão que a categoria não apoia os bloqueios, que, segundo ele, são planejados por uma pequena parcela de caminhoneiros. “Não é um movimento dos caminhoneiros, é uma ala extremista (…) está sendo cometido um crime”, disse.
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