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Boletim da Pandemia 34: cloroquina sempre; Covaxin no Brasil; gorilas californianos

Os delírios medicamentosos do Planalto
A Prefeitura de Manaus lida com uma dolorosa segunda onda de contaminações e está pressionada pelo Ministério da Saúde, que insiste em distribuir remédios sem eficácia comprovada, como cloroquina e ivermectina. A pasta chefiada pelo especialista em logística, Eduardo Pazuello, pediu autorização para que as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) encorajassem o uso. “Aproveitamos a oportunidade para ressaltar a comprovação científica sobre o papel das medicações antivirais orientadas pelo Ministério da Saúde, tornando, dessa forma, inadmissível, diante da gravidade da situação de saúde em Manaus a não adoção da referida orientação”, afirmou o ofício assinado por Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do ministério. Em julho de 2020, Mayra publicou em suas redes sociais que os governadores e prefeitos de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará eram os responsáveis pelas mortes em suas regiões por impedirem ou dificultarem o acesso aos medicamentos.

Medicamentos sem eficácia comprovada
A União Pró-Vacina, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), afirma: “não seja enganado, vacinar é a melhor opção contra o vírus”. Confira:

Cepa do Amazonas
O coronavírus continua em mutação e uma nova variante foi encontrada no estado do Amazonas, apontam as informações Fiocruz Amazônia. Há poucos detalhes. A Fiocruz deve divulgar uma nota em breve.

Covaxin no Brasil

Uma equipe da distribuidora Precisa Medicamentos visitou as instalações da Bharat Biotech, desenvolvedora da vacina indiana Covaxin, para discutir e acertar os documentos para exportação do imunizante ao Brasil. De acordo com as informações, a prioridade para o fornecimento é o Sistema Único de Saúde (SUS), em uma contratação direta pelo governo federal. Ao setor privado, apenas após a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Após a visita técnica, a diretora da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, afirmou: “Foram observados altíssimos níveis tecnológicos, científicos e de controles sanitários. Foram constatados excelentes resultados obtidos nos testes clínicos, que serão publicados em breve.”

Vacina em pó
Apesar da alta tecnologia envolvida no desenvolvimento da vacina da Pfizer, a necessidade de armazenamento a -70º Celsius se mostra um desafio logístico que dificulta sua adoção em países subdesenvolvidos. Para não perder mercado e garantir o maior número de imunizados, cientistas da farmacêutica fizeram progressos nos testes de transição do estado material (líquido para pó). Assim, o imunizante poderá ser transportado e conservado em uma geladeira comum. Não há detalhes sobre o preparo da vacina.

Lockdown alemão estendido

A chanceler alemã, Angela Merkel, sugeriu que o lockdown no país deve durar mais oito ou dez semanas por causa da nova cepa encontrada no Reino Unido. A medida tem em vista o feriado de Páscoa. O atual bloqueio está previsto para acabar em 31 de janeiro. A Alemanha está com sua campanha de vacinação com o imunizante da Pfizer/BioNTech em andamento.

Imunizações em farmácias
As orientações da Anvisa para testes rápidos em farmácias também preveem recomendações para vacinações nesses estabelecimentos, caso sejam incluídas na estratégia do Ministério da Saúde. O documento orienta que além das medidas já implantadas, será preciso garantir a segurança e a qualidade da conservação das doses.

Google contra fake news
A gigante de tecnologia anunciou a criação de um fundo de US$ 3 milhões contra a desinformação sobre vacinas contra a covid-19. A Google News Initiative pretende financiar projetos jornalísticos de credibilidade que busquem combater a desinformação. Para se inscrever, o jornalista deve seguir alguns requisitos como: produzir conteúdo original, produzir notícias centrais, ter histórico comprovado e reconhecimento de terceiros em atividades de checagem ou colaborar com uma organização deste segmento.

Gorilas testam positivo
O San Diego Zoo Safari, na Califórnia, se deparou com o que pode ser o primeiro registro de infecção entre grandes primatas no país e, talvez no mundo. A diretora-executiva do zoológico, Lisa Peterson, afirmou à Associated Press que oito gorilas que vivem no mesmo ambiente contraíram o vírus e já apresentam sintomas como tosse. Especula-se que as infecções foram provocadas por integrantes da equipe de cuidados do parque que testaram positivo, mas estavam assintomáticos. Veterinários estão monitorando as condições dos animais.

Painel Coronavírus
Dados atualizados em 12/01/21 – 19h

Casos confirmados
• 8.195.637 – acumulado
• 64.025 – casos novos
• 7.273.707 – casos recuperados
• 717.240 – em acompanhamento
• 3.900 – incidência por grupo de 100 mil habitantes

Óbitos confirmados
• 204.690 – óbitos acumulados
• 1.110 – casos novos
• 2,5% – Letalidade
• 97,4 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes

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