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Por que Bolsonaro cumpriu 13 das 35 metas no começo de governo?

Jair Bolsonaro completa nesta quarta-feira (10) os primeiros 100 dias à frente da Presidência da República tendo cumprido 13 das 35 metas prometidas para o período.

As 35 metas foram divididas em sete áreas. Segurança, Economia, Administração, Educação, Comércio Exterior, Saúde e Ciências. A área com os maiores avanços foi na Administração: das seis metas estipuladas, cinco foram cumpridas. Em Relações Públicas, as três metas continuam em aberto.

Na área de segurança pública e combate à corrupção, o governo conseguiu facilitar a posse de armas , enviou o pacote de lei anticrime à Câmara dos Deputados. Com o apoio à Lava-Jato, cumpriu três metas de cinco. 

Na área econômica, conseguiu realizar privatizações na área de transportes, com leilões de terminais portuários.  Cumpriu uma de sete metas.

Na administração, o governo reduziu a máquina pública, com 21 mil demissões de cargos de confiança logo no início do mandato; definiu exigências para ocupantes de cargos de confiança no Executivo; reestruturou a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e estipulou critérios para concursos públicos. De seis metas, cumpriu cinco. 

Na área de educação e direitos humanos, fez campanha contra suicídio de jovens e criou o programa Alfabetização Acima de Tudo. Cumpriu duas de sete metas. 

Nas áreas de saúde e meio ambiente, o governo cumpriu apenas o Plano Nacional para Combate ao Lixo no Mar. Cumpriu uma meta de três. 

Promessas nas áreas de Ciência e Agricultura, ficaram para trás a implantação do Centro de Testes de Tecnologias de Dessalinização; programa Ciência na Escola e Plano Nacional de Segurança Hídrica. Nessa área, o governo conseguiu criar o Estímulo à Agricultura Familiar. Cumpriu uma meta das quatro que havia proposto.

Na área de relações exteriores, propôs reduzir a tarifa do Mercosul; a retirada do Brasil do padrão de passaporte do Mercosul e colocar o Brasão da República como identidade visual e melhorar ambiente de negócios, com o estímulo ao turismo. Dessas metas, não conseguiu cumprir nenhuma.

Segundo Rodrigo Prando, cientista político do Universidade Presbiteriana Mackenzie, ministros da linha de frente do governo, como Paulo Guedes (Economia) e Sérgio Moro (Justiça), conseguiram levar a cabo discussões de pautas caras ao governo, sobretudo na área de segurança, como o pacote anticrime, e reestruturação de cargos no Executivo, a despeito da falta de articulação política pelo presidente da República. “São boas escolhas que o presidente fez e que hoje mantêm o capital político do governo”, explica Prando. Moro e Guedes foram ao Congresso apresentar projetos nas áreas econômica e de segurança.

Pesquisa Datafolha divulgada no dia 7 de abril, portanto às vésperas de
completar os 100 dias, mostra queda na popularidade do governo. Para 30% dos entrevistados, a gestão do presidente é ruim ou péssima. Ao analisar os resultados da pesquisa, o cientista político Antônio Lavareda avalia que, embora o início do governo tenha sido marcado por atritos, o brasileiro ainda não perdeu a confiança. “Veja que 59% (da
população) acreditam que Bolsonaro fará uma boa gestão”, lembra Lavareda, sobre os que confiam no governo, segundo o Datafolha. 

A partir do 101º dia, segundo os especialistas ouvidos por MONEY REPORT, o governo deveria focar em fazer “mais política”, melhorando a articulação no Congresso, para conseguir aprovar reformas como a da Previdência e a Tributária, que logo entrarão na pauta. “Foi esse voto de confiança que os eleitores deram: mais trabalho e menos ideologia”, afirma Lavareda.

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