Depois de muito citar uma vaga ameaça comunista, presidente entrega flores no monumento aos mortos do Exército Vermelho
MONEY REPORT escolheu como sua Imagem da Semana o primeiro compromisso oficial do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Rússia. Na manhã de quarta-feira (16), o brasileiro participou da entrega de uma coroa de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido, nas imediações do Kremlin, sede do governo russo.
O monumento homenageia os quase 9 milhões de soldados soviéticos que pereceram na Segunda Guerra Mundial. No local, repousam restos mortais não identificados de militares do Exército Vermelho que caíram na Batalha de Moscou, campanha entre setembro de 1941 e abril de 1942 que impediu os nazistas de tomarem a capital da antiga União Soviética. A cerimônia foi uma formalidade da viagem oficial.
Até aí, tudo bem. A questão é que no Brasil, Bolsonaro e seus apoiadores são contra o comunismo e sempre que têm oportunidade, falam em acabar com a “ameaça” política inexistente. Nas redes sociais, usuários apontaram a contradição. Em sua posse, em 2019, o presidente prometeu trabalhar para “livrar o Brasil do socialismo”. Em janeiro, Bolsonaro justificou sua viagem: “Ele [Putin] é conservador, sim. Estarei mês que vem lá, melhores entendimentos, melhores relações comerciais”.
