O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e de Lojas de Conveniência do Município do Rio de Janeiro (Sindcomb) informou nesta quinta-feira (21) que acompanha o movimento de tanqueiros nas bases de abastecimento de Campos Elíseos, na Baixada Fluminense. Os tanqueiros fazem manifestação contra o preço dos combustíveis e do frete. Bases de Campos Elíseos foram fechadas para evitar tumultos. Em Minas Gerais, o Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (SindTaque-MG), entrou em greve. Há manifestações também no Espírito Santo.
Enquanto os caminhoneiros se movimentam, em Sertânia (PE), onde participou de cerimônia de lançamento de obras de infraestrutura hídrica, Bolsonaro prometeu auxílio aos cerca de 750 mil caminhoneiros do país para compensar os constantes aumentos do diesel, que em 2021 acumulam alta de 548%. Novamente o presidente não disse de onde tiraria os recursos do orçamento. Com o novo Bolsa Família beneficiando 17 milhões de famílias anunciado ontem, o teto de gastos será ultrapassado, o que deixa os investidores temerosos de um desarranjo fiscal ainda maior, afetando ainda mais a lenta recuperação econômica.
No Rio, o sindicato dos donos de postos informou que caminhões-tanque estão conseguindo entrar nas bases de distribuição, escoltados pela Polícia Militar, para fazer, exclusivamente, o carregamento das empresas de ônibus de Duque de Caxias. De acordo com a PM-RJ, até o momento,“o ato ocorre de forma pacífica, não há registro de prisão ou apreensão”.
“Os postos revendedores do Rio seguem aguardando a normalização das entregas para poder atender a sua clientela até o fim de semana”, informou o Sindcomb, em nota. No local operam as principais distribuidoras de combustíveis como Vibra, Raízen e Ipiranga.
O Sindcomb vai fazer uma avaliação do movimento, que começou nas primeiras horas desta quinta-feira. Os estoques nos postos já estão baixos, esperando as entregas previstas. Caso a entrada dos caminhões não seja liberada ainda hoje, é possível que falte combustível em alguns postos no final de semana. Em Minas, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) disse que a “se o movimento durar mais de 24 horas, é possível que haja desabastecimento em postos que apresentavam estoques mais baixos”. A Petrobras informou “que não há impacto às operações da companhia, em suas unidades operacionais”. O sindicato dos caminoneiros do Rio não atendeu à MONEY REPORT.
(com Agência Brasil)