No dia mais mortal da pandemia até agora, em que o Brasil superou a marca de 3 mil óbitos reportados em 24 horas, o presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento em cadeia de rádio e TV para garantir que o país terá vacinas suficientes para imunizar toda a população. “Não sabemos por quanto tempo teremos que enfrentar essa doença, mas a produção nacional vai garantir que possamos vacinar os brasileiros todos os anos, independentemente das variantes que possam surgir”, afirmou. Nesta quarta-feira (24), Bolsonaro se reúne com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o presidente do STF, Luiz Fux, para discutir medidas de enfrentamento à crise sanitária. Governadores aliados, ministros e outras autoridades também devem participar do encontro. O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), disse esperar que haja mais consensos do que divergências. “O Brasil precisa transmitir à população que há uma direção no combate à pandemia. Temos um comando novo no Ministério da Saúde”, apontou citando a troca de titular na pasta. Já no Senado, os parlamentares voltaram a cobrar a instalação de uma CPI para apurar a conduta do governo. A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) pediu uma mudança de postura e criticou o presidente por promover aglomerações rotineiramente, além de estimular o consumo de medicamentos sem comprovação científica. “Mais um ministro da Saúde (Marcelo Queiroga) que afirmou que dará continuidade ao que está sendo feito. É sério isso? Vai dar continuidade ao que está sendo feito? Isso significa que a gente vai continuar contando mortes aos montes? É isso que está acontecendo. A gente quer ver uma mudança de postura concreta do presidente”, declarou.